quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A LUTA DO CAMPO ESTÁ DE LUTO!


Mais um trabalhador do MST é assassinado no Pará

Por Daniel Francez - Belém (PA)

Na tarde de domingo (23), no assentamento Mártires de Abril, na ilha de Mosqueiro, Belém, o companheiro Mamede (55 anos) foi assassinado com dois tiros em seu lote.
Mamede estava trabalhando em seu sistema agroflorestal quando foi brutalmente assassinado. O trabalhador e sua companheira eram referências em produção agroecológica, em uma região de solo arenoso e com baixa fertilidade.
Mamede conseguiu desenvolver diversos sistemas de produção orgânica e integrados, consorciando a lavoura temporária com a floresta, além da piscicultura, a criação da galinha caipira e a apicultura, tudo isso sem recurso e apoio de políticas públicas.
O suposto autor do crime foi preso momentos após o caso. De acordo com o cabo PM Rodrigues, Luís Henrique, 28 anos, portando um revólver calibre 38 com seis munições e a numeração raspada, foi apreendido em sua casa quando já ia fugir. Para a polícia, o líder do movimento pode ter sido morto por motivo banal.
Contudo, não é novidade que a região virou rota do tráfico de drogas e alvo de violência e de assaltos frequentes. O crime organizado representa um poder paralelo que submete a população ao medo. A polícia, ao invés de combater o crime com inteligência, age com truculência contra os moradores pobres. Quando um grupo de trabalhadores foi à delegacia no dia do assassinado o delegado do caso os tratou com absurda grosseria e os expulsou da delegacia. Para os moradores dos assentamentos isso é rotina.
Dezenas de trabalhadores rurais e lideranças de movimentos de luta pela terra e pela proteção ambiental são vítimas de latifundiários, fazendeiros e madeireiros no Pará. Alguns casos ganharam o noticiário nacional e até internacional, como o homicídio do casal de líderes extrativistas José Claudio e Maria do Espírito Santo em 2011, no município de Nova Ipixuna (Pará), dois dias antes do assassinato do assentado Herenilton Pereira no mesmo local.
Portanto, o latifúndio e a pobreza no campo são o pano de fundo deste cenário, que só beneficia o agronegócio e o crime organizado. Agricultores familiares e populações tradicionais que buscam modelos alternativos de produção, tirando o sustento da terra respeitando o meio ambiente, em condições das mais adversas, servem de referência e contraponto ao agronegócio, ameaçando os interesses dos ricos e poderosos.
No enterro do companheiro Mamede, centenas de trabalhadores e ativistas estiveram presentes prestando homenagens e solidariedade a sua família e a sua luta. Oito companheiros do PSTU estiveram presentes. O companheiro Cleber Rabelo (PSTU), eleito vereador de Belém, também esteve presente e compôs a comissão que foi à delegacia para cobrar agilidade na apuração do crime e respeito aos moradores dos assentamentos.
A luta e a vida do companheiro Mamede sempre será lembrada como exemplo de persistência na busca de uma sociedade justa e igualitária, e a sua morte só reforça a necessidade de fortalecer a luta no campo e na cidade.

MAMEDE VIVE!
PELO FIM DO LATIFUNDIO E TODO APOIO AOS COMPANHEIROS DO MST E A LUTA PELA REFORMA AGRÁRIA E POR UM DESENVOLVIMENTO AGROECOLÓGICO NO CAMPO!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

CLEBER RABELO (PSTU) APOIA MARINOR BRITO PARA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM!

Cleber Rabelo e Marinor Brito durante a cerimônia de
diplomação do TRE

O primeiro embate a ser travado na nova legislatura da Câmara Municipal de Belém (CMB) diz respeito à eleição da mesa diretora, em particular a sua presidência. Nós, do PSTU, que durante toda a campanha eleitoral defendemos uma cidade para os trabalhadores, estamos apoiando o nome da vereadora eleita Marinor Brito (PSOL) para presidente da CMB com o critério da defesa de um programa que reflita os interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora e de independência em relação aos partidos da burguesia e aos governos municipal, estadual e federal.

A Frente de Esquerda (PSTU-PSOL) elegeu a maior bancada da Câmara, com 5 vereadores eleitos, sendo Marinor Brito (PSOL) a mais votada com mais de 20 mil votos. É preciso que a vontade popular se expresse nessa eleição e que as bandeiras e pautas dos movimentos sociais sejam priorizadas na agenda do legislativo, como a luta por mais investimentos para as áreas sociais, pelo fim da privatização dos serviços públicos, pela construção de creches públicas e casas populares nos bairros periféricos da cidade, e em defesa dos grupos oprimidos (LGBT’s, Negros e Mulheres).

Vamos lutar para que não se repita episódios como, em 2009, em que a maioria dos vereadores aprovou a isenção de R$ 84 milhões de ISS (Imposto sobre Serviços) para os empresários de ônibus ou como durante a licitação do BRT (Bus Rapid Transit) que foi feita a toque de caixa para beneficiar uma grande construtora.

Uma presidenta no poder legislativo municipal que não faça alianças com os partidos burgueses, que não seja subserviente à prefeitura e que priorize as demandas dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre e oprimido de Belém pode ser um ponto de apoio fundamental paras as lutas que vamos travar nas ruas e no plenário da Câmara.


Belém, 19 de dezembro de 2012
Cleber Rabelo, operário da construção civil e vereador eleito de Belém pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). 

PROTESTO PELA LIBERTAÇÃO DE OPERÁRIOS DE BELO MONTE MARCA A DIPLOMAÇÃO DE CLEBER RABELO

Andréa Neves e Thiago Cassiano, Belém - PA

Fonte: Foto Jornal O Liberal
A cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos em Belém tinha tudo para seguir normalmente na noite de ontem (18/12). Cerca de 800 pessoas reunidas no Hangar esperavam a celebração do Hino da República, a fala da presidente da junta apuradora da capital, juíza Drª Maria das Graças Alfaia Fonseca., e em seguida, a entrega dos diplomas ao prefeito, à vice-prefeita, e aos 35 vereadores eleitos. E assim teria seguido, se não fosse o mandato operário e socialista do vereador eleito pelo PSTU, Cleber Rabelo.

Foto: Thiago Cassiano

Ao ser diplomado, Cleber mostrou não apenas o diploma de vereador, mas também uma faixa que exigia a libertação dos cinco operário presos na greve de Belo Monte, em Altamira (PA). Neste momento, a militância do PSTU, também presente na cerimônia, entendeu o recado e levantou abrindo outra faixa e gritando: “Liberdade aos presos políticos de Belo Monte”; fato que chamou a atenção dos demais candidatos e de seus convidados.
Vereadora Marinor Brito - PSOL
assinando o abaixo assinado exigindo a
libertação dos pressos de Belo Monte 
Ainda durante a cerimônia, Cleber pressionou os vereadores eleitos a assinarem um abaixo assinado exigindo a libertação dos operários que estão encarcerados, há mais de 30 dias, por razões políticas e sem provas. Dos 35 vereadores eleitos, 17 assinaram, além de um vereador eleito no município de Ananindeua (região metropolitana de Belém) e um Dep. Estadual, dentre eles: Cleber Rabelo (PSTU); Dr. Chiquinho (PSOL); Dr. Elenilson (PTdoB); Marinor Brito (PSOL); Fernando Carneiro (PSOL); Raul Batista (PRB); Wandick Lima (PP); Nemias Valetim (PSDB); Paulo Queiroz (PSDB); Thiago Araújo (PPS); Prof. Elias (PPS); Sandra Batista (PCdoB); Moa Moraes (PCdoB); Orlando Reis (PSD); Dinely (PSC); Scaff (PMDB) Igor Normando (PHS); Neto Vicente (PP – Ananindeua); Dep. Estadual Carlos Bordalo (PT)
Vereador Paulo Queiroz - PSDB
assinando o abaixo assinado exigindo a
libertação dos pressos de Belo Monte 
De acordo com Cleber, este ato é apenas uma mostra de como será seu mandato na Câmara de Vereadores de Belém: “Temos quatro anos de um mandato operário e socialista pela frente e ele vai ser um pouco disso que foi hoje: um ponto de apoio para a luta dos trabalhadores. Se depender de nós, a câmara de vereadores não terá mais sossego!”, afirmou.

Para Dion Monteiro, ativista do Comitê Xingu Vivo Para Sempre, o mandato de Cleber pode ser muito importante para denunciar casos de injustiça, como esse e para reforçar a luta dos trabalhadores nas ruas. “É tarefa de todo militante revolucionário denunciar, em todos os campos, a criminalização que esses cinco operários estão sofrendo: presos injustamente, sem provas(...) Por isso, ter um vereador revolucionário no parlamento pra fazer essa luta com certeza pode reforçar a luta dos trabalhadores nas ruas, que é nosso principal campo de ação!”, disse.  

Liberdade imediata dos operários de Belo Monte

Os cinco operários presos são acusados de formação de quadrilha, dano ao patrimônio e incêndio criminoso após a revolta de cerca de doze mil trabalhadores do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), que deflagraram uma greve contra os baixos salários e as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos. Até hoje, porém, nenhuma prova justificou a detenção dos trabalhadores em relação às acusações, nem e o laudo do corpo de bombeiros de Altamira, que concluiu não haver como apontar responsáveis pelo incêndio.

Cleber, que é também integrante da Comissão da CSP-Conlutas - Central Sindical Popular que visitou os operários presos em Altamira no último dia 12/12 reafirmou que essas prisões são irregulares e reforçou o compromisso de seu mandato. “Os problemas no interior dos canteiros são de cunho trabalhista! O que vemos nos Canteiros de Belo Monte é um regime de semi-escravidão, onde os operários são superexplorados e mal remunerados. Além disso, a falta de segurança que os operários estão submetidos já causou diversas mortes (...) E é aí que vai estar o meu mandato: na defesa pela libertação dos operários presos, no apoio à luta e as reivindicações dos trabalhadores e na constante denuncia da criminalização dos movimentos sociais.” , concluiu. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CLEBER RABELO DECLARA SOLIDARIEDADE À RESISTÊNCIA DO POVO SÍRIO CONTRA O GOVERNO ASSASSINO DE ASSAD

A noite do dia 12 de dezembro de 2012 vai ficar marcada na memória de cerca de 120 pessoas que estavam presentes no auditório do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém. Não por ser uma prévia do fim do mundo como afirmam diversos numerólogos, astrólogos..., mas talvez por marcar o início de grandes reflexões acerca das atrocidades cometidas pelo governo ditatorial de Bashar Al-Assad e a luta travada pelo povo Sírio.
A palestra “A Primavera Árabe e a Revolução na Síria” organizada pela CSP-Conlutas foi ministrada pela ativista síria Sara Al-Suri, hoje exilada no Líbano, e iniciou com um pequeno documentário com cenas de massacre da população civil, vítima dos bombardeios do regime de Al-Assad. 
Cleber Rabelo, em sua fala, afirmou que esse debate é fundamental, pois ainda que tenhamos uma situação diferente no Brasil, os trabalhadores brasileiros sofrem diariamente ataques impostos pelo governo de frente popular: “O governo de frente popular que hoje vigora no Brasil, tendo em Dilma (PT) sua representação máxima, ataca todos os dias os direitos da classe trabalhadora, com os leilões dos poços de petróleo, as privatizações dos hospitais universitários e dos aeroportos, por exemplo. Nesse sentido, a mobilização e a pressão dos trabalhadores são fundamentais para barrar estes e qualquer tipo de ataque. O povo sírio é um exemplo a ser seguido em todo o mundo!”, afirmou.
Solidariedade Internacional
Assim como Cleber, Sara Al-Suri também ressaltou a importância do espaço e lembrou com indignação os setores da “esquerda” que insistem em apoiar a ditadura síria, como é o caso das organizações ligadas a Cuba ou a Chávez, na Venezuela. “O povo Sírio tinha esperanças nesses governos e os enxergava como símbolos importantes do anti-imperialismo. Mas o que vemos hoje é a Venezuela fornecendo o diesel que alimenta os aviões de guerra de Assad, que bombardeiam nosso povo! O apoio que estamos recebendo de organizações como o PSTU é fundamental para que acreditemos de novo na esquerda. E em uma esquerda consequente!”
Nesse sentido, Cleber afirmou ser muito importante a solidariedade internacional com a causa síria. Segundo o vereador eleito, é necessário que as organizações de esquerda em nível mundial se posicionem de forma coerente neste embate e, para isso, é preciso ter claro quem está no campo da revolução e quem está no campo oposto, no da contrarrevolução: “Assad sempre foi sustentado pelo imperialismo e é no exército de Assad que está o processo contrarrevolucionário que quer derrotar o levante operário sírio. Ainda que os principais órgãos de oposição ao regime ditador - o Conselho Nacional Sírio (CNS) e o Exercito da Síria Livre (ESL) – sejam compostos por alguns setores da burguesia, é um erro a “esquerda” internacional posicionar-se a favor de Assad. É necessário disputar essas organizações por dentro, mantendo a independência política dos trabalhadores sírios, e batalhar contra qualquer tipo de direção traidora do processo. É por isso que estamos ao lado do povo sírio e contra o massacre praticado com métodos nazifascistas pela ditadura pró-imperialista de Assad”. 
Caráter internacionalista
Cleber ainda destacou o caráter internacionalista do PSTU, dizendo que isso já fez com que o partido travasse várias lutas e fizesse campanhas internacionais em favor dos trabalhadores oprimidos em todo o mundo: “Nos posicionamos ao lado do povo haitiano e queimamos a bandeira do Brasil, contra intervenção brasileira no Haiti; nos posicionamos contra Mubarak,  ao lado dos egípcios; e também contra a intervenção imperialista na Líbia, contra Kadafi. Agora, o caráter internacional do nosso partido nos cobra outro posicionamento e é por isso que estamos contra Assad; é por isso que exigimos que ele seja processado e condenado por todos os crimes cometidos e que seus bens sejam confiscados e colocados a serviço dos explorados. Nossa luta aqui no Brasil é pela queda do regime e pela construção de um governo operário na Síria (...) Os ventos que sopram no mundo árabe nos mostram que revoluções são possíveis e essa vitória do povo sírio será, com certeza, a vitória dos trabalhadores em nível mundial.”, concluiu.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Polícia indicia 5 operários por incêndio em Belo Monte


Todos estão presos na delegacia de Altamira do Pará há oito dias


A Polícia Civil de Altamira do Pará concluiu as investigações sobre a ação de trabalhadores em canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e indiciou cinco trabalhadores, sendo três do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) e dois de uma empreiteira, pelos crimes de incêndio, formação de quadrilha e danos ao patrimônio. Eles estão presos na delegacia de Altamira do Pará há oito dias.
O CCBM através de sua assessoria informou que as "seguradoras já concluíram as vistorias nos canteiros, mas o resultado não será divulgado - por razões contratuais". Disse ainda que "os trabalhos seguem normalmente nos três sítios Belo Monte; Canais e Diques; e Pimental desde a última sexta-feira (16). E que as "instalações danificadas foram recuperadas, e toda a estrutura refeita para que o trabalho possa ser desenvolvido com as condições ideais".
A advogada da CSP-Conlutas, Anacely Rodrigues, que acompanha o caso, disse que "as provas contidas nos altos não provam nenhuma das acusações feitas aos operários". Ela conversou com a defensoria pública que já pediu a liberdade dos presos. A advogada integra uma comissão da central que viajou de São Paulo até Altamira para acompanhar os trabalhadores. O inquérito foi encaminhado para a 3ª vara criminal do município.
Histórico
As obras de Belo Monte foram paralisadas depois que um grupo de trabalhadores no dia 12 destruiu completamente os três principais canteiros da usina, os sítios Belo Monte, Pimental e Canal e Diques. Por medida de segurança, o CCBM suspendeu os trabalhos em todos os canteiros. A empresa deu folga coletiva. O CCBM disse "que era por medida de segurança". Trabalhadores creditavam a medida como uma "tentativa de esvaziar canteiros e a cidade, temendo novos protestos".
Fonte:
21/11/2012 | 20:17 | AGÊNCIA ESTADO

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Não há provas contra os operários presos em de Belo Monte; é o que constata a comissão da CSP Conlutas que está em Altamira-PA


Por, Emiliano de oliveira, de Altamira (PA).



Os cinco operários presos na delegacia da Policia Civil de Altamira, apontados pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) como responsáveis pela revolta ocorrida entre os dias 10 e 12 no interior dos canteiros de obras receberam, pela manhã desta quarta-feira, a visita da Comissão da CSP-Conlutas - Central Sindical Popular.
Entre os membros da Comissão estão à advogada da Central, Anacely Rodrigues, o diretor do – Sindicato dos Trabalhadores da construção Civil de Belém, Sandro Carvalho e o vereador , recentemente eleito em Belém, Cleber Rabelo, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU, também operário da Construção Civil.
Hoje, dia 20, logo no inicio da manhã a comissão se deslocou até o Fórum Criminal de Altamira, lá tiveram acesso ao processo criminal em que os trabalhadores são acusados de incêndio, formação de quadrilha e dano ao patrimônio; Para a comissão da CSP-Conlutas constatou-se que, até agora, trata-se apenas acusações, pois não existe nenhuma prova concreta que incrimine esses operários.
“No processo o que existe são fotos que não comprovam a presença de nenhum dos operários presos e o depoimento de um “chefe da administração da empresa” acusando de forma unilateral esses trabalhadores, sem ter como provar que são eles os autores de qualquer ação das quais estão sendo acusados. Como se vê  isso é uma grande injustiça”, disse Cleber Rabelo.
Depois de ter acesso ao processo a Advogada da CSP-Conlutas,  Anacely Rodrigues, conversou com a Juiza da 3ª Vara, Drª. Gizely, e solicitou que tentasse agilizar a apreciação do pedido de liberdade provisória feito pela Defensoria Publica do Estado; Em seguida a comissão foi até a Delegacia de Policia e conversou com os operários que se encontram presos já há 8 dias.
A Advogada da central, Anacely Rodrigues, afirmou que os trabalhadores que se encontravam muito desamparados, sem nenhuma informação sobre suas situações, e que essa visita foi um momento muito emocionante para a Comissão e para os trabalhadores que receberam o apoio e a solidariedade de classe da CSP-CONLUTAS, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém e do Vereador eleito Cleber Rabelo do PSTU.
A visita da Comissão constatou que os trabalhadores foram desamparados pelo SINTRAPAV, sindicato que diz ser o representante legal dos trabalhadores da construção da Hidroelétrica de Belo Monte. “A CSP-Conlutas intensificará sua luta pela libertação imediata desses trabalhadores. A princípio pode-se ver que a maior possibilidade é que tudo não passa da tentativa do CCBM de criminalizar a luta dos operários”, afirmou Sandro, do Sindicato dos trabalhadores da Construção de Belém.
Os cinco trabalhadores presos são: Ernesto, de Ji-Paraná; Eliseu, de Breu Branco; Mateus, de Barcarena; Odivaldo e Raimundo, de Belém. “As provas contidas nos altos não provam nenhuma das acusações feitas aos operários” disse a Advogada Anacely Rodrigues, pertencente a Central.

CSP – Conlutas, desembarca em Belo Monte para exigir a libertação dos 5 operários presos após conflito trabalhista


Uma comissão de representantes da Central Sindical Popular - CSP – Conlutas, chegou à manhã desta terça-feira (20), ao município de Altamira, onde esta sendo construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a comissão vem com a tarefa de defender a libertação dos operários presos no conflito trabalhista ocorrido no canteiro de obras da Usina de Belo Monte. A comissão está formada por membros sindicalistas da Conlutas a nível nacional e do advogada e vereador eleito pelo PSTU em Belém, Cléber Rabelo.

Segundo o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes, o motivo da visita é “colocar a central na defesa da libertação dos operários presos, apoiar a luta e as reivindicações dos trabalhadores e denunciar a criminalização dos movimentos sociais que se intensifica, também, nas obras do PAC”.

Em plena data-base, e sem informações sobre o andamento das negociações, os trabalhadores iniciaram uma revolta que começou na sexta-feira (9), e teve como consequência quatro galpões de materiais elétricos destruídos. Segundo os operários dos canteiros de obras de Altamira, a imprensa tentou abafar o ocorrido, e, apenas uma rádio local, durante a madrugada da manifestação, transmitiu o episódio, alertando os operários do que estava ocorrendo, e, logo pela manhã foi noticiado em âmbito nacional.

A explosão da greve começou quando o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias na Construção Pesadas e Afins do Estado do Pará – Sintrapav, visitou, no sábado, 10 de novembro, o canteiro de obras de “Belo Monte” e “Canais”, defendendo como “justa” a proposta do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte), que oferecia um reajuste de 11% para a primeira faixa salarial, 6% para segunda e 4% para as últimas. Um clima de insatisfação tomou conta dos operários e quando o sindicato chegou ao “Pimental”, os operários já sabiam da proposta e revoltaram-se frente à postura de “submissão” da entidade que se intitula representante da classe ao CCBM.

A proposta apresentada pelo CCBM, defendida pelo sindicato, também não atendia a reivindicação referente à “baixada” (folga para visitar as famílias). Os operários querem uma folga a cada 90 dias de trabalho e de não de seis meses como foi oferecido.

Segundo notícias divulgadas na imprensa, tão logo o Sintrapav-PA chegou ao “Sitio Pimental” defendendo a proposta, os operários se revoltaram, e, uma sequência de atos violentos foram desencadeados durante o conflito.  Cinco operários foram presos.

Conforme publicou a Agência Brasil, a Superintendência da Polícia Civil de Altamira trabalha com a hipótese de que os cinco operários presos são ligados à “CSP-Conlutas” – mas não há provas de que a Central premeditou a ação. O membro da CSP-Conlutas Atnágoras afirma que os operários não tem ligação com a entidade sindical, mas diante da prisão, a Central lutará pela libertação desses trabalhadores.
“Não podemos aceitar que todas as vezes que os operários se mobilizam por melhores condições de trabalho e de salários, ao final, só sobre para a gente, à criminalização do movimento. É prisão, é demissão, é tropa da Polícia Militar, da Força Nacional de Segurança. Chega! Essa é uma questão trabalhista, estamos ao lado da luta desses operários, por isso estamos em Altamira, não vamos nos esconder”, afirma o dirigente da CSP-Conlutas.


O vereador eleito em Belém Cléber Rabelo, operário da construção civil, esclareceu “os cinco trabalhadores presos pela Polícia Militar, foram a mando dos empreiteiros e dos falso-sindicalistas”. “Também há denúncias, ainda não confirmadas oficialmente, de que têm ocorrido mortes em função das péssimas condições de segurança no trabalho, desde o início das obras”, disse.

Vereador eleito em Belém Cléber Rabelo representante legal da construção civil
Rabelo afirmou ainda que, “os trabalhadores de Belo Monte não são vândalos e estão lutando por seus direitos. Esses operários são seres humanos corajosos, que mesmo com a traição e a falta de democracia de sua entidade sindical, foram capazes de se organizarem para lutar e paralisar um “monstro” que está acabando com suas vidas, mesmo contra a vontade de sua “entidade” de representação sindical”, conclui.

Fonte:
Jornal de Tucuruí - Csp Conlutas visita presos em Belo Monte
TERÇA-FEIRA, 20 DE NOVEMBRO DE 2012

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O VANDALISMO PATRONAL DO CONSÓRCIO CONSTRUTOR BELO MONTE


No dia 13 de novembro de 2012, o jornal “O Liberal” publicou uma nota a respeito da greve dos trabalhadores da construção da Hidrelétrica de Belo Monte em Altamira (PA) com o seguinte título “Vandalismo paralisa os trabalhos em Belo Monte”. O conteúdo da matéria responsabiliza os trabalhadores pela greve e pela revolta que destruiu máquinas e instalações dos principais canteiros de obra da Usina.
É lamentável o papel que este jornal cumpre de “menino-de-recado” das grandes empreiteiras. O que se espera de um jornalismo minimamente sério, mesmo esse  que prega total “isenção”, é que se investigue a fundo a realidade, que traga à tona os fatos e ouça as opiniões dos envolvidos nas situações abordadas.
O que de fato precisa ser dito é que hoje, em Belo Monte, há um verdadeiro vandalismo patronal por parte do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) contra os direitos trabalhistas, sindicais e humanos. A empresa se nega a reduzir de seis (6) para três (3) meses o período da baixada (folga para visita aos familiares) e de garantir um reajuste salarial digno para uma categoria que padece com uma inflação local de cerca de 30%. A empresa ofereceu apenas 11% para quem ganha até R$ 1500,00; 6% para quem ganha de R$ 1500,00 a R$ 3000,00 e 4% para quem ganha acima de R$ 3.000,00, além do mísero aumento do tíquete-alimentação de R$ 110,00 para R$ 150,00 numa cidade em que o P.F (Prato Feito) está custando R$17,00 e o preço do aluguel e do pão francês estão entre os mais altos do país.
 A pauta de reivindicações também se estende a outros aspectos que envolvem  condições de trabalho, como: as péssimas instalações dos alojamentos, a baixa qualidade da alimentação, a dificuldade de comunicação dos operários com o mundo (malmente uma operadora de telefonia funciona no canteiro) e a humilhação dos modernos capatazes sobre os operários que arriscam sua vida para conseguir o ganha-pão de suas famílias.
A resposta dada pelo CCBM aos 17 mil trabalhadores que entraram em greve foi, além de muita repressão, colocar centenas destes em ônibus sujos e velhos e mandá-los de volta para suas cidades, como se a causa das sucessivas revoltas trabalhistas fosse dos indivíduos e não das condições e relações de trabalho estabelecidas pelo Consórcio.
O que também não é dito pela mídia que se cala para os grandes empresários é que: 5 trabalhadores foram presos pela Polícia Militar a mando dos empreiteiros e há denúncias, ainda não confirmadas oficialmente, de que tem havido várias mortes em função das péssimas condições de segurança no trabalho desde o início das obras.
Os trabalhadores de Belo Monte não são vândalos. São seres humanos corajosos, que mesmo com a traição e a falta de democracia de sua entidade sindical, são capazes de se organizar para lutar e paralisar um “Monstro” que está acabando com suas vidas, mesmo contra a vontade de sua representação sindical.
Belo Monte é a maior obra do PAC. São cerca de R$ 25 bilhões de dinheiro público para construir uma Usina que destinará 80% da energia produzida para as grandes indústrias eletrointensivas do centro-sul do país, agravando a barbárie contra os indígenas, a fauna, a flora e a população que se aglomera no entorno de Altamira em busca de emprego e qualidade de vida, mas que acabam encontrando violência, inflação e falta de serviços públicos.
É preciso manter esses investimentos, mas quem deve decidir as prioridades dos mesmos é a população local. É possível resolver os problemas fundamentais da região do Xingu com todo esse dinheiro, como: fazer reforma agrária, resolver o problema do déficit habitacional, o déficit de saneamento e construir redes de saúde, investir em educação e segurança públicas de qualidade e ampliar o número de empregos na região.
Infelizmente a opção dos governos, controlados pelo grande capital e com o apoio da grande mídia, tem sido a disseminação da barbárie social e do vandalismo patronal contra os trabalhadores. À nossa classe social, a classe trabalhadora, cujos homens e mulheres são os verdadeiros produtores desse país e do mundo, cabe organizar a resistência e lutar pela construção de outro tipo de sociedade, em que, os seres humanos e suas necessidades estejam em primeiro lugar e não a ganância de um punhado de empresários parasitas.
Operários de Belo Monte, toda solidariedade com a pauta e a luta de vocês. Os verdadeiros vândalos são os vossos patrões.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CLEBER RABELO RETORNA AO BAIRRO PARQUE VERDE E DISCUTE COM OS MORADORES O ABANDONO DA ÁREA PELA GESTÃO PÚBLICA

Na noite desta sexta-feira (09/11) o vereador eleito pelo PSTU, Cleber Rabelo, participou de uma reunião com moradores da passagem Celebridade, localizado no bairro do Parque Verde, entre a Rua das Rosas e Rua São Francisco. Cleber Rabelo destacou a importância de estar visitando a comunidade, uma vez que contou com o apoio dos moradores da área, mas ainda não tinha tido a oportunidade de visitar a passagem desde o período da campanha.



Na comunidade residem cerca de 35 famílias que vivem em situação de risco e total abandono pelo poder públi
co. A maior preocupação dos moradores é um canal a céu aberto que ficou inacabado depois que a prefeitura de Belém realizou a colocação de tubos para drenagem de água e esgoto nas ruas transversais e deixou metade do serviço inacabado. O canal conhecido como “Cabeceira do Mata Fome” também é conhecido por abrigar animais peçonhentos e até um jacaré já foi encontrado por moradores. Para seu Flavio Moreira, Pedreiro, 50 anos, morador desde o inicio da ocupação há 11 anos, o local apresenta vários riscos e fica completamente interditado no período chuvoso, onde ocorre o acúmulo de água da chuva, além de roedores e insetos provocadores de doença. 


Segundo o seu Flávio, diversos candidatos já visitaram a comunidade e prometeram solucionar o problema assim que eleitos e ao passar das eleições não voltaram à comunidade, nem para agradecer os votos. “Estamos cansados de promessas, de dois em dois anos esse pessoal vem aqui promete resolver nosso problema e depois nem voltam, mas com Cleber, nós achamos que vai ser diferente. Ele mesmo depois de eleito veio aqui conversar com nós, se comprometeu em voltar assim que for empossado na câmara, e nos foi honesto pra dizer que iria se esforçar pra solucionar o problema, mas que queria nosso apoio pra fazer a pressão lá dentro”. Afirmou o morador.


Para Cleber, a luta pela conquista desses direitos de saneamento básico é dura, grande parte dos políticos se candidata, pensando em melhorar de vida e não pensando da população. Durante a reunião Cléber destacou como será o funcionamento de seu mandato, onde o gabinete será nas ruas, nos bairros, nos centros comunitários, nos sindicatos, fazendo reuniões com os trabalhadores para decidir as melhores propostas para a cidade de Belém.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CLEBER RABELO RETORNA A OUTEIRO PARA REAFIRMAR SEU COMPROMISSO COM MORADORES

Nesse domingo, (04) Cleber Rabelo retornou ao acampamento Neuton Miranda, no bairro do Outeiro para agradecer aos votos recebidos e reafirmar seu compromisso com a comunidade.
Os moradores do acampamento mostraram-se surpresos com a visita do vereador eleito, pois normalmente o que ocorre, é o desaparecimento destes depois de eleitos.
Cleber falou da importância dos acampados continuarem organizados, pois assim como a população necessita de um parlamentar para lutar por seus direitos, esse precisa que a população siga organizada para pressionar na aprovação de projetos que venham lhes beneficiar.

Os moradores Neuton Miranda, reafirmaram seu compromisso com Cleber Rabelo e com seu mandato, destacando que enquanto o seu mandato estiver voltado para as lutas e seguir apoiando a comunidade eles estarão lhe apoiando.
 Foi discutida ainda a realização de um seminário na área que se dará após a posse em 2013. Esse seminário discutirá as demandas lá existentes e subsidiarão a elaboração de projetos para a comunidade que serão levados a câmara.
Após a reunião Cleber permaneceu com sua família no acampamento para um almoço com alguns moradores.
 .


CLEBER RABELO RETORNA A ASSENTAMENTO EM MOSQUEIRO


Para dar continuidade a agenda de retornos aos bairros e comunidades que apoiaram o Vereador Cleber Rabelo, no dia 03 de novembro foi a vez do Assentamento do MST Mártires de Abril (Mosqueiro) para agradecer o apoio, o empenho, e os votos recebidos na eleição.
Na ocasião foi organizado pelas famílias, no salão de reuniões do assentamento e onde funciona o Projovem Campo, um almoço como forma de comemoração, e em seguida, uma reunião com os assentados das áreas Mártires de Abril, Elizabeth e Paulo Fonteles. Nesse momento, o Vereador reafirmou o compromisso com as lutas das áreas, frisando que seu gabinete será os assentamentos, os canteiros de obras, onde houver a necessidade de organização da classe trabalhadora contra os governos, empresas, e latifundiários, que massacram e humilham os trabalhadores.
Os presentes colocaram que, primeiramente, ficaram muito felizes com o retorno do Vereador já eleito, uma vez que estão cansados de promessas de candidatos e que depois de eleitos, não retornam, “virando as costas” para os trabalhadores. E que apoiaram essa candidatura, não com a ilusão de que um mandato de Vereador fosse mudar suas vidas, mas que acreditaram no compromisso e no histórico de luta do PSTU, por isso sabem que terão um Vereador lutador ao lado de suas lutas. 
Na oportunidade, mencionaram que os três assentamentos sofrem com o esquecimento do Poder Municipal, que não há infraestrutura necessária para que as famílias vivam de forma digna, nesse sentido cada representante das áreas colocou algumas das necessidades mais prementes, que mesmo tendo mazelas em comum como assentamentos, cada área tem sua especificidade. Nesse sentido, haverá um seminário aglutinando as três áreas com o objetivo de discutir conjuntamente quais as necessidades das famílias, e de que forma o mandato pode auxiliar para a construção dessas lutas. 
Cleber Rabelo ressaltou que os assentamentos podem contar com o apoio do mandato, mas que os assentados também têm um compromisso com ele, no sentido de estarem organizados e mobilizados para lutar para a aprovação de leis que beneficiem os trabalhadores. Esse acordo foi firmado entre os presentes.
Após a reunião, a atividade foi finalizada com uma foto do Vereador Cleber Rabelo juntamente com os assentados presentes e as bandeiras das três organizações: MST, Via Campesina e PSTU como aliança para as próximas lutas que virão. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

CLEBER RABELO SEGUE EM CAMPANHA CHAMANDO VOTO NO 50, MAS EXPLICANDO O VOTO CRÍTICO

Ontem (23/10) Cleber Rabelo seguiu fazendo campanha nas obras da construção civil e nos locais onde os trabalhadores estão em luta.
Nos horários de 06h30min e 12h00min Cleber esteve em obras agradecendo os votos obtidos dos trabalhadores e explicando a composição da frente “Belém nas mãos do povo” para as eleições, e quais rumos se deram no segundo turno. Fez o debate da importância de seguir votando no 50, em Edmilson Rodrigues por entender que a candidatura de Zenaldo (PSDB) representa os interesses das elites: empresários, latifundiários, banqueiros, enfim, setores da burguesia que odeiam os movimentos sociais e são a favor da privatização de nossas riquezas e serviços públicos.

      


 O voto crítico em Edmilson tem o objetivo de derrotar a burguesia, mas entendendo que com a coalizão feita com outros partidos de direita e com o PT, o PSTU não tem expectativa de que o PSOL será um Governo para a classe trabalhadora.
        Cleber foi ainda declarar seu apoio à greve que está sendo travada pelos funcionários da CELPA. Disse que seu mandato está a serviço das lutas e que nesse segundo turno, chama o voto crítico em Edmilson Rodrigues.


                Durante a noite Cleber Rabelo esteve presente em uma reunião convocada pelos moradores do bairro da Sacramenta e que contou com a participação dos vereadores eleitos: Meg Barros, Sandra Batista e o representante da vereadora do PT - Ivanise. Os moradores tinham como objetivo colocar suas reivindicações a cerca da infraestrutura da rua Bom Sossego, que como ressaltaram é uma realidade do bairro inteiro. Após ouvir os moradores presentes, cada Vereador eleito colocou seu posicionamento.
O recém-eleito vereador Cleber Rabelo destacou a necessidade de organização da comunidade, da formação da associação de moradores, e que estava muito satisfeito por estar ali, afinal seu mandato está a serviço das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras.
  

Como encaminhamento da reunião os presentes tiraram uma caminhada dos vereadores presentes com a comunidade, no bairro da Sacramenta, para fortalecer a campanha do candidato a Prefeito Edmilson Rodrigues, e após a eleição uma nova reunião para dar continuidade à luta no bairro.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Em coletiva de imprensa, Cleber explica porque o PSTU saiu da Frente em Belém


Nesta segunda-feira (23), o vereador eleito pelo PSTU em Belém, Cleber Rabelo, participou de uma entrevista coletiva para explicar aos eleitores de Belém sobre a saída do PSTU da coordenação da campanha “Belém nas Mãos do Povo” e a chamada do voto crítico em Edmilson Rodrigues (PSOL). O Portal do PSTU participou da coletiva que contou também com a presença dos dois principais veículos de informação do estado, o Diário do Pará e o Jornal O Liberal. O porta-voz do PSTU explicou que a saída do partido da coordenação da campanha se dá em meio a uma quebra de acordos políticos pré-estabelecidos antes das eleições para a composição da coligação.

“Nossa discussão de formar uma coligação com o PSOL envolveu vários critérios. A discussão que nós fizemos foi um acordo programático para as eleições de 2012, e não somente no primeiro turno. Não estava estabelecido que no segundo turno mudaria alguma coisa. Como critério pré-estabelecido está o não recebimento de financiamento patronal para a campanha, ou seja, nós iríamos montar uma frente na qual seria proibido receber dinheiro de empresas. Outro critério é que a frente era uma oposição de esquerda ao governo do PT. O acordo firmava também que não seria incorporado partidos burgueses”, afirmou Cleber Rabelo. Leia abaixo a entrevista.

Em que momento o PSOL desrespeitou o acordo eleitoral?
Em primeiro lugar, queremos deixar claro para a população que fizemos essa coligação com o PSOL e decidimos apoiar o Edmilson em Belém porque, dentre todas as candidaturas existentes, todas as outras não representam e nem se aproximam dos interesses dos trabalhadores. A candidatura do Zenaldo, Priante, Jefferson Lima representam os interesses dos grandes empresários, das elites de Belém. Por isso nós definimos apoiar Edmilson (PSOL). Com o segundo turno, o partido foi convidado a participar da reunião da coordenação de campanha da Frente no dia 15 de outubro. Lá, nos foi informado que teriam outros partidos apoiando a candidatura do Edmilson, como o PDT, que soltou uma nota “de forma unilateral” declarando apoio, assim como o PPL e o PT, e que isso não teria nada a ver com a direção do PSOL e que os critérios da Frente seriam mantidos. No entanto, dois dias depois, o partido foi surpreendido com uma nova coalizão de partidos. Na quarta –feira (17), teve uma plenária da frente na casa de Show Poroca. Eu não estava presente porque precisei viajar para uma reunião nacional do partido, mas a nossa militância se encaminhou para a atividade como parte da campanha de apoio a Edmilson. Para nossa surpresa, não era mais a frente do primeiro turno que estava compondo a mesa. Formou-se uma coalizão de partidos que não fazia parte da frente para compor a mesa e discutir como iriam tocar o segundo turno das eleições. Estavam na mesa o PDT, o PPL, o PT e um vereador eleito pelo DEM. Diante da decisão do PSOL em fazer a coalizão com estes partidos, não compusemos a mesa e retiramos a nossa bandeira do plenário. No dia seguinte, abrimos uma discussão no interior do partido para decidir qual seria a posição do PSTU a partir daí.

Lamentavelmente, no ultimo domingo (21), durante o programa eleitoral gratuito da Frente, o ex-presidente Lula se incorporou de fato à campanha. Neste momento, Edmilson reassume de novo o programa do PT, partido com o qual tinha rompido anteriormente.

A partir de quando foi o estopim para essa decisão?
A partir do episódio da plenária em que havia outros partidos burgueses compondo a mesa. Desde então, a direção do PSOL rompe de vez com os critérios estabelecidos, lembrando que desde o início da campanha já havíamos denunciado o financiamento de empresas e o recebimento do apoio de Marina Silva. Feriram-se de vez os acordos, sem respeitar nosso partido, incorporando partidos burgueses na campanha e realinhando sua posição em relação ao governo Dilma e Lula. Parou-se de defender um programa que representasse os interesses dos trabalhadores, montando uma coalizão com partidos burgueses e de um latifundiário conhecido de Belém. Decidimos então fazer uma reunião do partido para tomar uma decisão. Com a entrada de Lula no programa de TV chamando voto no Edmilson, partido com o qual tinha rompido após o ataque do PT à reforma da Previdência que aumentou o limite de idade para a aposentadoria, Edmilson agora reassume o programa do PT e diz que está tudo bem agora, e que está todo mundo junto. Então, pra nós, não tem mais sentido permanecer na frente porque a direção do PSOL e Edmilson romperam com os critérios acordados para a eleição.

Por que a decisão de chamar o voto crítico?
Nós tomamos a deliberação de seguir chamando voto crítico em Edmilson porque achamos que a candidatura de Zenaldo (PSDB) representa, sem dúvida alguma, os interesses das elites. É a representação política dos grandes empresários, latifundiários e banqueiros. Seu partido é o símbolo dos setores da burguesia que odeiam os movimentos sociais e que defendem a privatização de nossas riquezas, empresas e serviços públicos. Uma possível vitória de Zenaldo representaria um retrocesso para as lutas e para a consciência da classe trabalhadora em Belém.

Por isso seguimos chamando voto em Edmilson, um voto crítico, para derrotar a burguesia. Mas com essa coalizão mantida, não temos nenhuma expectativa de que o PSOL será consequente com um governo para a classe trabalhadora, porque as alianças de hoje cobrarão seu preço amanhã. Em nossa plenária, discutiremos um calendário de campanha independente. Vamos seguir nas nossas frentes de intervenção, na construção civil, educação, movimento popular, juventude, com o discurso de que é preciso votar no Edmilson para derrotar a direita clássica, mas afirmando que a postura de Edmilson Rodrigues e do PSOL está completamente equivocada e que os trabalhadores não poderão ter ilusões com esse governo que já começa limitado.

Com uma possível vitória de Edmilson , esses partidos que estão o apoiando irão requerer cargos e secretarias. Qual a posição do PSTU sobre isso?
Para nós do PSTU, com ou sem esses partidos, elegendo ou não um vereador, nós já tínhamos a decisão de não assumir cargos ou secretarias dentro do governo. O que nós queremos é discutir com a população quais são as suas necessidade e exigir que qualquer governo traga melhorias para a população. Portanto, a nossa hierarquia de atuação será as necessidades dos trabalhadores e do povo. Nosso mandato estará a serviço dessas lutas e será usado para pressionar o governo municipal, estadual, federal, seja qual for. Agora, os outros partidos certamente irão cobrar seus preços, e nós já vimos essa novela antes, e sabemos que não tem um final muito feliz.


Por Thiago Cassiano



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CLEBER RABELO RETORNA AS OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E CHAMA VOTO EM EDMILSON RODRIGUES

Cleber Rabelo começou desde a semana passada (10, 11/10) seu retorno às obras da construção civil, abrangendo assim quatro prédios em construção. Essa semana (16 e 17/10) não foi diferente, o recém-eleito vereador de Belém visitou mais quatro prédios em construção na cidade. Essas visitas têm dois grandes objetivos: agradecer os 4.691 votos recebidos e chamar voto em Edmilson Rodrigues no segundo turno.


Vários operários demonstraram mais uma vez apoio a esse operário e diretor licenciado do Sindicato da construção civil, felicitando-o pela conquista. Cleber agradeceu e disse que os votos que o elegeram, foram votos conscientes, pois foram votos que obteve sem prometer nada a ninguém, sem oferecer benefícios, sem pagar cabos eleitorais. Uma candidatura construída com e para os trabalhadores.
Cleber falou da grande aceitação que seu nome teve em bairros como o Tapanã e Terra Firme, e principalmente nos movimentos populares como o Movimento de Trabalhadores Sem Terra em Mosqueiro e os trabalhadores das ocupações de terra em Icoaracy e Outeiro, o que demarcou o perfil classista dessa candidatura.
Convocou ainda os trabalhadores e construírem o seu mandato que não será de gabinete, mas construído nas ruas, bairros e ilhas que mais necessitam de investimentos da prefeitura. Além disso, ressaltou a importância de se manter a independência política e financeira em relação aos patrões e aos governos e da necessidade desse mandato ser uma ferramenta de apoio para divulgar e fortalecer as lutas da classe trabalhadora.


No entanto, apesar da conquista de ser eleito vereador, Cleber falou aos operários que ainda existe uma batalha a ser vencida: eleger Edmilson Rodrigues prefeito de Belém. Ressaltou a existência de dois projetos para a prefeitura da cidade. O primeiro de Zenaldo Coutinho do PSDB e que representa os patrões e elites. Um partido que historicamente tem atacado os trabalhadores, como foi o caso da privatização da CELPA. Dessa forma, Zenaldo, diferentemente do que se vem apresentando, não representa o “novo” ou o porta-voz da paz, ele é a repetição do que foi o governo de Fernando Henrique Cardoso, Almir Gabriel e Jatene.


Em seguida, Cleber destacou a importância de eleger Edmilson Rodrigues para que este governe para os trabalhadores. Que nesse momento em que duros ataques estão reservados a classe trabalhadora, ter uma prefeitura em prol da classe é muito importante. E que o PSTU estará ao lado dos trabalhadores exigindo de Edmilson que governe para os trabalhadores. Ressaltando que a única aliança que pode nos garantir a vitória e a mudança pela qual os trabalhadores tanto lutam é a aliança com os movimentos sociais e a classe trabalhadora, sem a presença e o dinheiro dos partidos dos patrões e do governo.