sexta-feira, 13 de julho de 2012

Caminhada no Complexo do Ver-o-Peso, constata real abandono pela gestão de Duciomar, mas apresenta alternativa de luta aos trabalhadores do complexo da maior feira de Belém.

Na manhã desta ultima quarta-feira (11/07/2012), foi a vez dos trabalhadores e trabalhadoras do mercado do Ver-o-Peso, receberem a visita dos candidatos e candidatas da coligação proporcional Frente de Esquerda (PSOL e PSTU), e dos candidatos a prefeito e vice-prefeito, Edmilson Rodrigues e Jorge Panzera, respectivamente, da coligação Belém nas mãos do povo (PSOL, PCdoB e PSTU).
Cerca de 400 pessoas, entre candidatos e simpatizantes, fizeram uma caminhada por entre as barracas e conversaram com feirantes e fregueses que estavam presente neste dia. O PSTU esteve presente na caminhada, escutando as reivindicações e reclamações das pessoas e apresentando seu candidato a vereador, o operário, Cleber Rabelo e alternativas para solução dos diversos questionamentos. Foram vendidos também os jornais do partido e feito o cadastro de algumas dezenas de apoiadores da campanha que estarão junto com Cleber cobrando da prefeitura melhorias nas condições de trabalho.  
          O mercado do Ver-o-Peso foi construído em 1625 no porto do Pirí, assim chamado na época, diretamente às margens da baía do Guajará. É considerada a maior feira ao ar livre da América Latina e abastece a cidade com variados tipos de gêneros alimentícios e ervas medicinais do interior paraense, fornecidos principalmente por via fluvial. No final do século XIX e XX, o local que temos hoje por Complexo sofreu uma série de modificações tanto funcionais quanto em sua paisagem se adaptando às necessidades e gostos da Belle Époque. Foi nessa época que houve aterramento da Baía do Guajará, amplicação do Mercado de Carne, construção do porto e o Mercado de Ferro.
Atualmente o mercado encontra-se abandonado pela administração municipal chapas de metal e esquadrias apodrecidas pela ferrugem. O telhado do Mercado, sem reparos desde a reforma concluída em 2003, não protege o prédio histórico da água da chuva. Vazamentos e goteiras comprometeram as instalações elétricas. A coleta do lixo precária deixa detritos espalhados sob as barracas do mais célebre mercado da região amazônica. A falta de cuidado está por todo o lado. A placa da inauguração foi partida ao meio. Não é possível mais ler a data em que foi concluída a obra, iniciada em 1625.
Com enorme importância pra economia, não só da nossa capital como também para todo o Estado do Pará, o complexo precisa ser urgentemente reparado. Segundo o DIEESE/PA 80 a 100 toneladas de pescado são comercializadas diariamente na área do mercado, seja para o consumidor final ou para supermercados e até exportados para outros estados. Nos quase 30 mil metros quadrados de feira, são comercializados também frutas regionais, legumes, verduras e o famoso açaí. A farinha de mandioca se destaca na feira, com quase 30 vendedores comercializando, por dia, entre quatro e cinco mil quilos do alimento, em uma média mensal de 140 mil quilos. No total, 12 atividades são exercidas no local, espalhadas pelos Mercados de Carne e Peixe, Feira da Alimentação e Feira do Açaí.
Representando a direção estadual do PSTU e a coordenação da candidatura do Cleber, o também operário da construção civil, Ailson Cunha, ressaltou a importância histórica do complexo e a importância para os trabalhadores e trabalhadoras, que retiram dali o sustento de suas famílias. Ailson também reafirmou a necessidade da reestruturação de todo o complexo. Colocando a categoria dos trabalhadores da construção civil a serviço da candidatura de Edmilson, o operário relembrou a necessidade de se governar Belém para os trabalhadores, sem os patrões, e grandes empresários (empreiteiras, banqueiros e etc.). “Somente com a organização e mobilização do povo, solucionaremos os problemas da população mais humilde.”
O PSTU defende a reestruturação de todo o complexo, a regularização de todos os ambulantes que trabalham naquela região. Como forma de solucionar o problema das comidas expostas por horas ao ar livre, o partido defende que a prefeitura possa oferecer cursos capacitação de manipulação de alimentos, reaproveitamento de alimentos, reciclagem de materiais, etc.. Além de um curso de sustentabilidade pago também pela prefeitura. Contratação de mais garis para manter a limpeza do mercado. Gerando mais emprego e renda para população de Belém.       

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