quinta-feira, 19 de julho de 2012

Maré Vermelha, invade as praias da Ilha de Mosqueiro


Nem mesmo o tempo nublado na manhã de domingo afastou os ativistas das praias da Ilha de Mosqueiro. O clima tranquilo era ideal para a diversão, banho, brincadeiras e até mesmo para uma conversa com os candidatos à vereadores e a prefeitura de Belém.
A “maré vermelha” tomou conta dos bares e do calçadão da orla do Chapéu Virado até o Farol. Com muito bate papo e bastante descontração, os candidatos da coligação Belém nas Mãos do Povo e da coligação Frente de Esquerda distribuíram seus panfletos e apresentaram suas propostas para o distrito, aos veraneios, moradores e trabalhadores.
A ilha do Mosqueiro é um distrito administrativo do município de Belém. Mosqueiro é uma ilha fluvial localizada na costa oriental do rio Pará, no braço sul do rio Amazonas, em frente à baía do Guajará. Possui uma área de aproximadamente 212 km² e está localizada a 70 km de distância do centro da capital Belém. Possui 17 km de praias de água doce com movimento de maré
Em janeiro de 1836, na Praia do Chapéu Virado, Cabanos com sangue Tupinambá nas veias, entrincheirados, comandados por Antonio José, Nicolau, Francisco Xavier e Auto Lourenço, resistiram e derramaram seu sangue contra as forças de repressão do Major Manoel Muniz, em defesa da liberdade dos paraenses, e contra o nepotismo implantado na Provincia. Para alguns historiadores a organização de heróico núcleo de resistência no Mosqueiro, proporcionou a mais violenta batalha da história da Cabanagem
Fundada em 1895, possui uma população de 28 mil habitantes, segundo dados do IBGE. Entretanto esses dados são contestados por moradores, que afirma que a ilha possui cerca de 50 mil moradores. A economia é baseada na venda do pescado e no turismo, que movimenta a ilha nos finais da semana e nas férias chegam a levar cerca de 300 mil visitantes.
Durante a caminhada o candidato do PSTU, Cleber Rabelo conversou com a população destacando a principais dificuldades enfrentadas na Ilha, tais como a dificuldade do moradores de Mosqueiro para se deslocarem dentro e fora da Ilha, ônibus sucateados, tarifa de ônibus alta, falta de saneamento, a coleta de lixo não é regular, chegando em algumas ruas do distrito, a permanecerem com o lixo na porta por cerca de três semanas. Na saúde a falta de médicos nos quatro postos de saúde existentes também é um problema grave. Moradores do Carananduba e do Aeroporto alegam que as unidades existentes nos dois bairros estão praticamente desativadas
Outro tema debatido com os moradores foi a falta de segurança. “Não nos sentimos seguros em Mosqueiro, principalmente dentro de casa, pois a qualquer momento poderemos sofrer invasão expondo nossas famílias a todo tipo de violência. Se sairmos a noite para ir a um restaurante, comer uma tapioquinha, sujeitamo-nos a ser surpreendidos logo ao abrir o portão ou já estarem nos esperando dentro de nossas residências.” Destacou o sr. Wilson, morador da região a mais de 25 anos.
Para o líder do PSTU, Cleber Rabelo, a falta de responsabilidade e de interesse público por parte dos vereadores e da prefeitura de Belém, não atende os anseios da população que fica refém de políticos corruptos. Cleber deu destaque para o ex-secretário de Saúde do Município de Belém, Sergio Pimentel (PSL), que teve sua candidatura á prefeitura impugnada pelo TCU e o MPF, por improbidade administrativa.
Cleber defendeu ainda uma política de defesa do Meio Ambiente, contra o novo Código Florestal. Na defesa dos oprimidos, Cleber defendeu a criação de políticas públicas efetivas para as mulheres, na defesa de seus direitos de trabalharem e sustentar suas famílias. A criação de creches públicas também foi um dos temas abordados em sua fala. (confira a fala do Cleber, durante o ato.)
            Ao final do ato, os militantes e simpatizantes do PSTU cantaram a palavra de ordem “Égua, pai D’Égua... arreda que chegô... Edmilson, prefeito.... Cleber, vereador” e seguiram para a Vila de Mosqueiro, aonde foi oferecido uma feijoada, na Barraca da Tchesca, por apoiadores da campanha.



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