terça-feira, 28 de agosto de 2012

Justiça desrespeita constituição e libera a retomada de Belo Monte.


A Advocacia Geral da União pediu e o Supremo Tribunal Federal aceitou o pedido para que as obras da UHE de Belo Monte fossem retomadas. A decisão foi divulgada ontem, 27, ao mesmo tempo em que lideranças indígenas e movimentos contrários à obra se manifestavam em frente ao Tribunal pedindo para que o presidente do STF, Carlos Ayres Brito, pensasse nos índios e demais moradores da Volta Grande do Xingu. Eles faziam coro com a solicitação do Ministério Público Federal do Pará de que houvesse as oitivas com a população e que a Norte Energia cumprisse as condicionantes já estabelecidas.
Ataques do governo - Segundo a AGU, a decisão evita a “ocorrência de dano vultoso e irreparável ao patrimônio público, à ordem administrativa, à ordem econômica e à política energética brasileira”, ou seja, deixa claro que só estão preocupados com os lucros das grandes empreiteiras envolvidas e não falam, em nenhum momento, dos danos irreparáveis que a obra trás para as comunidades e meio ambiente.
Ao mesmo tempo em que solicita a liberação das obras de Belo Monte, a AGU também aprova um grande ataque às terras indígenas brasileiras. É a Portaria 303 que determina, entre outras medidas, que as terras indígenas podem ser ocupadas por empreendimentos hidrelétricos e minerais de cunho estratégico sem consulta aos povos. Para o Movimento Xingu Vivo, do qual o PSTU faz parte: “A AGU desconstrói o direito constitucional indígena de usufruto exclusivo da terra de ocupação tradicional e de consulta prévia e informada”.
Pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho e pela Constituição Brasileira, os índios têm o direito de exercer a participação democrática e decidir previamente sobre seu destino e o das futuras gerações e o PSTU defende esse direito que é constantemente atacado pelos grandes empreiteiros. Estes conseguem tudo o que querem com o governo do Partido dos Trabalhadores (PT), já que eles foram os principais patrocinadores da campanha de Lula e Dilma.
É por isso que em nossas campanhas não aceitamos financiamento de empresas, defendemos os direitos dos trabalhadores, povos indígenas e da juventude e chamamos a sociedade a se mobilizar contra essas ações da justiça obediente ao grande capital. Vamos nos unir e continuar dizendo #PareBeloMonte. 

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