terça-feira, 11 de setembro de 2012

Presença massiva das mulheres operárias da construção civil marca o 8º dia de greve da construção civil

Nessa terça-feira, 11/09 e com 95% de obras paradas em Belém, os operários da construção civil entram para o 8º dia de greve. Os patrões ainda não sentaram pra negociar, mas a categoria continua unida buscando seus direitos. As mulheres, operárias da construção civil de Belém, Ananindeua e Marituba marcaram a presença demonstrando sua disposição de continuar em greve. Com muita garra mostram que devem estar juntamente com os homens lutando contra a opressão e exploração que sofrem no canteiro de obras. 


As mulheres em Belém não possuem ainda classificação e nem qualificação nos canteiros de obra. Estas entram e saem como serventes de pedreiro, o que determina a diferenciação salarial. "As operárias não têm garantia de contratação e ainda sofrem com o assédio moral e sexual. São trabalhadoras que saem todos os dias de suas casas, deixando seus filhos para arriscar suas vidas nas obras, e mesmo assim, não recebem a devida valorização de seu trabalho", denuncia Deuzinha, diretora do Sindicato da construção civil em Belém.


A pauta específica das mulheres tem como reivindicação: que 10% das vagas em canteiros de obras sejam destinadas para as mulheres; garantia de creche para os filhos de 0 a 6 anos; classificação e qualificação; e licença maternidade de 6 meses.

           
 A luta das companheiras é uma luta de todos os homens, operários da construção civil. Essa é uma luta que segue, pois entendemos que para trabalho igual o salário deve ser igual. Que a luta da mulher trabalhadora é nossa também. Que a classe trabalhadora, homens e mulheres estão em luta nesse 8º dia de greve.

Só a luta muda à vida!

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