quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

MORADORES DO ASSENTAMENTO CARLOS LAMARCA EM OUTEIRO SÂO RECEBIDOS NO GABINETE DO VEREADOR CLEBER RABELO


             Na manhã desta quarta-feira, uma comissão de moradores do assentamento Carlos Lamarca, em Outeiro, foi recebida por assessores de vereador Cleber Rabelo, do PSTU, em seu gabinete. A reunião tinha como propósito a discutir sobre o saneamento, saúde e educação para população da região. 
       Por solicitação dos moradores, o vereador encaminhou na semana passada dois ofícios para a Secretaria Municipal de Saneamento e à Agência Distrital de Outeiro, requirindo limpeza de vias do assentamento, mas ainda aguarda respostas. Caso as solicitações não sejam atendidas, os representante prometeram mobilizar o restante dos moradores para pressionar a administração executiva à tomarem providências.
        Outro encaminhamento tomado, foi uma visita do vereador na próxima semana aos postos de saúde da ilha, segundo os moradores, a falta de medicamento é constante, falta de médicos também tem sido rotina. A estrutura do prédio encontra-se deteriorada sem condições segura de atendimento.
       Outra solicitação dos moradores é a creche, segundo os mesmos não existem creches públicas no distrito, o que dificulta muito a saída de mães e pais trabalhadores, que não tem com quem deixar os filhos durante o horário de serviço. Na reunião foi solicitado um estudo sobre a demanda, localização e estrutura que poderia sediar uma creche pública, uma das bandeiras de luta do vereador.
       O assentamento Carlos Lamarca, abriga desde 2011, cerca de trezentas e doze famílias, em um terreno de uma antiga fazenda. Localizado na Estrada do Fama, na ilha de Outeiro, distrito de Belém, está em processo de regulamentação e é filiado à Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas).
       O vereador tomou ciência do que foi discutido, mas não pôde participar da reunião em virtude de outro compromisso.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Trabalhadores Rurais Sem-Terra realizam ato cobrando encaminhamentos do caso Mamede de Oliveira.



Ato fez parada em frente a delegacia
 
Centenas de trabalhadores rurais, representantes de entidades sindicais, religiosas e partidárias, participaram na manhã de ontem (23/01), na ilha do Mosqueiro, de um ato público organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-PA), em memória de Mamede Gomes de Oliveira, líder camponês assassinado há exatamente um mês, no assentamento Mártires de Abril, localizado no distrito. A mobilização pacífica tinha como objetivo cobrar das autoridades públicas esclarecimentos a cerca do caso da morte do Sr. Mamede, bem como cobrar mais segurança aos moradores da ilha.
Sede do Fórum Judiciário
A manifestação iniciou na rotatória do Chapéu Virado, e seguiu pela Av. Dezesseis de novembro até o fórum. Ainda na dezesseis, o grupo parou em frente a seccional, onde uma comissão foi atendida pelo chefe de operações da polícia civil, investigador Alvez, e pelo chefe de operações da PM, Major Ivo. Segundo o investigador, um dos acusados do crime continua preso desde o flagrante. Outros dois suspeitos foram ouvidos, mas liberados por não terem sido pegos em flagrante, sendo que um deles foi detido por porte ilegal, mas liberado após fiança e por ser réu primário. Outros dois suspeitos não foram identificados. Para o investigador a polícia civil concluiu o inquérito e encaminhou à justiça para os devidos encaminhamentos.
A comissão ressaltou que os moradores da região estão se sentindo acuados com o fato dos outros envolvidos ainda estarem soltos e temem que, a qualquer momento, o único preso também seja solto. Outro ponto tocado na reunião é a sensação de insegurança gerada pela ausência de ronda policial. Segundo o major, o problema da falta de ronda é geral na ilha, o efetivo policial não é suficiente para fazer a cobertura de todos os bairros, mas se comprometeu em atender de forma mais ágil as solicitações de ocorrência na área. O grupo ainda seguiu até o fórum de justiça para protocolarem uma petição exigindo agilidade no processo.

Solidariedade

Ao longo do caminho diversas entidades sindicais, partidos políticos e grupos e associações manifestaram seu apoio à luta e solidariedade à morte do companheiro Mamede. O dirigente do Sindicato da Construção Civil de Belém e membro da CSP-Conlutas, Zé Gotinha, saudou à todos os presentes e chamou a unidade de todos os assentamentos, movimentos sociais e partidos de políticos de esquerda para lutar de forma conjunta e articulada por justiça em nosso país. Ele também lembrou que no dia 22 completou um ano do massacre de Pinheirinho, que ganhou repercussão internacional após 1800 famílias serem despejadas brutalmente de um terreno em São José dos Campos –SP. E lembrou que a vitória da classe trabalhadora só se dará em meio uma insurreição dos trabalhadores.
Representando o mandato do vereador do PSTU, Cleber Rabelo, que estava de viagem à SJC-SP, o assessor, Silvinho Oliveira, saudou a todos os presentes e também falou da importância da unidade entre os lutadores para que consigam o respeito da população e alcancem vitórias importantes. Ele colocou, mais uma vez, o mandato à disposição dos trabalhadores e trabalhadoras para que possam atuar em conjunto para a solução dos diversos problemas de Belém.
No dia seguinte após a morte do camponês, o vereador esteve no enterro, na ocasião foi composta uma comissão que iria acompanhar todo o processo, dentre eles Cleber se comprometia em estar presente e em sua ausência, enviaria um representante.

Criminalização dos Movimentos Sociais

Militante do Movimento sendo revistada
Policial militar revistando as bolsas
Ao contrário do momento em que o grupo foi recebido na delegacia, de forma pacífica e respeitosa, na chegada ao fórum a situação foi bem diferente. Recebidos pelo secretário do fórum, Carlos Matins o grupo foi hostilizado e foi solicitado a se retirar das dependências do prédio. Após um bate boca entre funcionários e manifestantes, foi solicitado que fosse eleita uma comissão que iria até a sala da juíza uma audiência pública.  No momento em que o grupo iria ser atendido, houve uma ordem para que todos fossem revistados.
Nesse momento a confusão iniciou novamente. Os manifestantes lembraram que essa é forma de tratamento utilizado contra os movimentos organizados, que são taxados que baderneiros bandidos e/ou desocupados. Para o padre Paulinho, representante da CNBB-PA, o tratamento ocorrido no fórum foi bem distinto do que na delegacia, e representou mais uma vez o preconceito com os grupos organizados. Mesmo com a confusão gerada só foi permitida a entrada da comissão mediante a revista pela PM. Nem mesmo o padre escapou.

Encaminhamentos

Na audiência, a juíza alegou estar tomado conhecimento da situação naquele momento, uma vez que o processo encontrava-se parado na secretaria do fórum devido à falta de internet para registrar a tramitação. A comissão solicitou agilidade nos encaminhamentos do processo e protocolou um documento assinado por moradores pedindo mais segurança na área. A SDDH protocolou uma petição recomendando prisão preventiva de todos os acusados conforme o relatório do inquérito policial. Os documentos foram anexados ao processo. O MPE manifestou seu parecer pedindo a prisão preventiva dos dois acusados que haviam sido ouvidos, mas liberados, e solicitou uma diligência para identificação dos demais envolvidos.
A juíza se comprometeu em analisar as denúncias para, então, decidir se aceita ou não a denuncia do MP. O crime está sendo enquadrado como latrocínio, mas para a viúva e os integrantes do movimento o crime ocorreu por motivo agrário, já que seu Mamede tinha muitas desavenças com adversários devido à liderança no movimento e nada foi roubado da vítima. “Esse crime não foi um crime banal, contra um trabalhador qualquer, trata-se de mais uma consequência de conflitos agrários no Pará (...). O Pará é um estado campeão mundial de impunidade, e líder no ranking dos conflitos agrários. Não podemos permitir que isso continue! Precisamos cobrar nossos direitos. São essas famílias que sustentam as cidades, através da agricultura familiar. Os latifundiários produzem para exportação e estão cada vez mais ricos enquanto que os pequenos trabalhadores rurais são submetidos a esse desrespeito”, afirmou Daniel, militante do PSTU que também estava presenta na manifestação.

A crise da saúde pública em Belém: um desafio ao prefeito Zenaldo Coutinho

por J.Bosco para O Liberal cedido ao Humor Político

     A maioria da população de Belém, não sem razão, considera a saúde pública o problema mais grave da cidade. Com tantas mortes nas filas dos pronto-socorros e denúncias diárias de falta de médicos, de remédios e de equipamentos nas unidades de saúde, há uma enorme expectativa de que o atual prefeito consiga solucionar o caos no setor deixado por Duciomar Costa, sobretudo após a campanha eleitoral de Zenaldo enfatizar repetidas vezes que a saúde seria a prioridade absoluta de seu governo.
    É bem verdade que a saúde pública em nosso município encontra-se de fato em “estado de emergência”, contudo não é através da mera dispensa de licitações por 30 dias para contratação de serviços e compra de materiais que serão eliminadas as causas responsáveis pela calamidade da saúde pública.
    O grande problema da saúde em nossa cidade, e que se repete no Estado e no país guardadas as devidas particularidades, é a hegemonia do setor privado na oferta deste direito público que deveria ser dever do Estado promover, conforme está assegurado na Constituição Federal em seu artigo 196. De um total de 1685 estabelecimentos de saúde cadastrados no DATASUS no município de Belém, 1542 (mais de 90%) são privados. A privatização se expressa também na quantidade de leitos. Dos 3209 leitos existentes clínicos e cirúrgicos existentes em Belém, apenas 1569 (menos de 50%) são leitos do SUS.
     Essa prevalência do setor privado na oferta do atendimento é fruto de um intenso processo de consolidação de uma concepção neoliberal de Estado que trata saúde como mercadoria e os investimentos sociais como gastos desnecessários. Em âmbito nacional, o Brasil investe apenas 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em saúde pública e 4,4% e saúde privada (consultas, convênios, medicação), sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que sejam investidos no mínimo 6% do PIB em saúde pública para que se universalize o acesso.
      Esse problema do desfinanciamento do setor público e da desregulamentação do setor privado obviamente atinge nosso município também. A rede municipal de saúde administrada pela SESMA conta com apenas 02 pronto-socorros, 29 Unidades Básicas de Saúde, 15 casas especializadas, 107 equipes do Programa Saúde da Família e 15 ambulâncias do SAMU para atender uma demanda de uma capital com mais de 1,4 milhões de habitantes e mais de 2 milhões de pessoas se considerarmos a Região Metropolitana. Tudo isso com R$ 529. 835.258,00 alocados para a saúde em 2012. Para este ano de 2013, estão previstos no orçamento municipal um total de R$ 562.743.197,00 de um orçamento de um pouco mais de R$ 2,4 bilhões.
     Algumas conclusões podem ser extraídas desses dados para a formulação de um programa que garanta a efetivação desse direito social: há necessidade de mais investimentos federais, estaduais e municipais na saúde pública; é preciso combater a privatização do setor, que drena recursos públicos para os hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios privados e urge, ao mesmo tempo, democratizar a gestão para que se tenha de fato controle social dos usuários e trabalhadores e se possa efetivamente combater a corrupção e a má gestão orçamentária.
     O Ministério Público, juntamente com os órgãos de controle e auditoria das contas públicas, tem o desafio de cobrar da SESMA e da Prefeitura o volume e o detalhamento dos recursos repassados das verbas do SUS para o setor privado e os movimentos sociais precisam recuperar a pauta de luta por mais verbas para a saúde pública, contra a privatização do setor e pela democratização da gestão.
     A rede pública de saúde tem que ser dirigida e controlada por quem de fato entende seus problemas, suas virtudes e necessidades: os usuários e trabalhadores. Só assim haverá concurso público para contratação de profissionais, valorização da carreira e a efetivação dos princípios do SUS (universalidade, integralidade, equidade). O prefeito também precisa entender que investir em saneamento básico e segurança alimentar também é investir em saúde, pois os benefícios à saúde da população que trazem o acesso à rede de esgoto, coleta de lixo, água potável e a uma alimentação balanceada se revertem em economia com a saúde pública e melhoria da qualidade de vida.
     Não somos partidários da tese do “quanto pior, melhor”, porém queremos alertar para a profunda limitação que representa o ato de decretar o estado de emergência, pois a crise estrutural da saúde pública em nosso município não irá se resolver apenas com medidas de efeito midiático ou com troca de secretário. Só com medidas socialistas, que concebam a saúde como direito social e dever do Estado e não como mercadoria, é que poderemos avançar na resolução desse grave problema social. Saúde é vida e não pode ser tratada como fonte de lucro. O programa tucano de “choque de gestão” nunca deu certo em lugar nenhum. Um exemplo é o atual governo Jatene que mantém a sangria de recursos públicos para organizações sociais e fundações de direito privado administrarem os hospitais regionais. Apenas favoreceu os grandes planos de saúde e empresários do setor privado e os ricos que podem pagar pelo acesso à saúde de qualidade enquanto os trabalhadores padecem com o péssimo atendimento, filas intermináveis e falta de médicos e remédios. O Ophir Loyola vive uma crise crônica em relação às debilidades no atendimento aos pacientes vítimas de câncer e o hospital metropolitano administrado pelo idesma vive atrasando o salário dos funcionários, que causou inclusive demissão recente de vários destes, deixando sem atendimento centenas de pacientes e justifica isso pela falta de repasse dos recursos do estado.
     É preciso inverter a lógica de gestão da saúde. Fortalecer financeira e tecnicamente o SUS, combater a privatização, abrir concursos públicos, valorizar os profissionais da saúde e democratizar a gestão são os caminhos que podem realmente mudar essa triste realidade em que vivemos.
     Fazemos um desafio ao prefeito Zenaldo Coutinho: abrir as contas da SESMA e tornar as transferências, contratos e convênios do SUS com o setor privado informações públicas e transparentes e ao mesmo tempo convocar os movimentos sociais em defesa da saúde (sindicatos, usuários, etc,) para planejar, dirigir, acompanhar e controlar a gestão da saúde municipal. Com a palavra, o prefeito de Belém.

Cleber Rabelo - PSTU
Vereador operário e socialista

Belém, 24 de janeiro de 2013

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nota de solidariedade aos trabalhadores da GM de São José dos Campos



Ano passado, a GM anunciou que fecharia um dos principais setores da fábrica de São José dos Campos, o MVA (Montagem de Veículos Automotores) e que, assim, demitiria cerca de 1.500 trabalhadores. Um acordo aprovado em agosto entre o Sindicato e a empresa suspendeu a medida até o dia 26 de janeiro de 2013. Desde então, mais de 300 funcionários já aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) e outros 779 estão em lay-off (suspensão de contrato de trabalho). Diversas rodadas de negociação já aconteceram, mas a GM continua com o propósito de demitir, o que levou os trabalhadores a mais uma greve, nesta terça-feira, 22, e a ocuparem a Rodovia Presidente Dutra em uma tentativa de pressionar o Governo Federal a proibir as demissões.

Não há razão para as demissões! 

A luta dos trabalhadores de São José dos Campos é uma luta justa. Do ponto de vista do faturamento, as demissões não se justificam: são resultado do processo de reestruturação global adotado pela GM de diminuição do número de trabalhadores, intensificação do ritmo de trabalho e aumento da exploração e de seus lucros. Não é a toa que neste mesmo período, trabalhadores da GM da Alemanha, Argentina, França, Colombia e EUA também estão em mobilização, realizando atos internacionais em apoio à luta dos trabalhadores brasileiros contra as deminssões

Com o aprofundamento da crise internacional, trabalhadores no mundo todo vêm sofrendo com os planos de austeridade, flexibilização e arrochos, tudo isso para salvar os grandes bancos e as multinacionais. A General Motors quer que os trabalhadores paguem por uma crise que não criaram e se aproveita disso para continuar seu ataque de redução e retirada de direitos. Os ataques incluem as mais precárias condições de trabalho: salários rebaixados, fechamento de unidades de produção e milhares de demissões em todo o mundo.
Enquanto isso, no Brasil, as montadoras seguem lucrando com vendas bilionárias e com os privilégios concedidos pela política econômica do governo Dilma (PT), que privilegia as multinacionais, por meio de isenções fiscais e redução do Imposto sobre Produtos iIndustrializados (IPI), que só no ano passado somaram R$4 bilhões. 

Em defesa dos empregos, contra as demissões na GM

Não podemos impedir a ganância dos capitalistas que implementam ataques à classe trabalhadora para que as altas taxas de seus lucros sejam mantidas. E é certo que não conseguiremos mudar o comportamento de seus aliados que, hoje, no governo, repassam dinheiro público às multinacionais e não garantem nem estabilidade no emprego. Mas podemos decidir não sermos seus comparsas. Nosso partido e nosso mandato expressam a nossa total e irrestrita solidariedade aos trabalhadores em luta contra as demissões na GM. E é por isso que dizemos que se as empresas querem lucrar a custa do emprego de milhares de pais de família terão que fazê-lo sem o nosso consentimento, sem a nossa permissão. E isso não se dará sem mobilização! A luta continua, companheiros.  Em defesa dos empregos, contra as demissões na GM. Dilma, proíba as demissões!


                            Belém, 22 de janeiro de 2013

Cleber Rabelo

Vereador Operário Socialista

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Nota de solidariedade às famílias da ocupação do Pinheirinho em São José dos Campos (SP). – Vereador Cleber Rabelo (PSTU)


Há um ano a violenta desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), entrou pra história nacional e internacional como mais uma injustiça contra os direitos e a dignidade humana praticada pela política higienista do governo PSDB e seus aliados, com anuência do governo federal de Dilma (PT). Mesmo um ano após a desocupação, o cenário no local e para as famílias ainda é de abandono. Nenhuma moradia foi construída pelo poder público e a situação dos ex-moradores ainda é precária.
O terreno, uma área de mais de um milhão de metros quadrados, voltou a ficar abandonado, sem cumprir qualquer função social. A Seleta, massa falida do especulador Naji Nahas, continua devendo milhões de reais em impostos e multas à Prefeitura. As famílias ainda lutam pela desapropriação do terreno para que possam construir suas casas e viver novamente no Pinheirinho.
A principal característica do bairro era a sua forma de organização. Os moradores deliberavam, em assembleias, sobre questões de interesse específico da comunidade e sobre a atuação política na cidade, no estado e mesmo no país, como nas diversas marchas à Brasília da qual participaram. O PSTU atuava – e atua ainda hoje – na coordenação do Pinheirinho.
A organização e a politização do Pinheirinho provocaram a fúria do Estado e da polícia. No dia em que ocorreu a desocupação, os moradores ainda comemoravam uma trégua acordada na Justiça. Infelizmente, o governo federal, que podia ter efetuado a compra do terreno, nada fez. Ativistas, organizações políticas e sociais, personalidades e pessoas comuns se mobilizaram em solidariedade ao Pinheirinho no mundo inteiro.
No dia em que se completa um ano dessa tragédia, nosso partido e nosso mandato expressam a nossa total solidariedade aos moradores do Pinheirinho e lhes desejamos a vitória na luta por seus direitos. Expressamos o nosso forte protesto às autoridades do Estado e exigimos o fim imediato destas repressões bárbaras.
Infelizmente a opção dos governos, controlados pelo grande capital e com o apoio da grande mídia, tem sido a opção da disseminação da barbárie social e do vandalismo patronal contra os trabalhadores. À nossa classe social, a classe trabalhadora, cujos homens e mulheres são os verdadeiros produtores desse país e do mundo, cabe organizar a resistência e lutar pela construção de outro tipo de sociedade em que os seres humanos e suas necessidades estejam em primeiro lugar e não a ganância de um punhado de empresários parasitas.
Pinheirinho vive e resiste!
Cleber Rabelo
Vereador operário e socialista!
Belém, 21 de janeiro de 2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vitória! Justiça manifesta parecer favorável à liberdade dos presos políticos de Belo Monte!


  
      Na manhã ontem quinta-feira (17), ocorreu no município de Altamira a visita da comissão parlamentar aos operários de Belo Monte presos após a greve de novembro de 2012.  A visita contou com a presença do Vereador de Belém (PA), Cleber Rabelo, do PSTU, do Deputado Estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) e do Deputado Estadual Edilson Moura (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALEPA, do Diretor do Sindicato da Construção Civil de Belém (STICMB)"Zé Gotinha" e da Advogada da CSP-Conlutas,DrªAnacely Rodrigues.

     Após a visita aos trabalhadores, os parlamentares e demais se dirigiram ao Fórum, onde ocorreu uma audiência com o Juiz Substituto da 3ª Vara Criminal da comarca de Altamira,DrºGleucivalZeed Estevão, com o intuito de sensibilizar a justiça pela libertação dos presos. Durante a audiência o magistrado entendeu que não há motivo para manter in cárcere os operários Odivaldo dos Santos, Ernesto Melo, Mateus Brasil Pinheiros, Elizeu Rabelo e Raimundo Nonato Farias. Na ocasião em que ele notificou os presentes a cerca do parecer do MPE, favorável à revogação da prisão preventiva, com base na solicitação daadvogada,DrªAnacely.que havia reiterado o pedido de revogação no inicio da semana. Em acordo com os presentes, o juiz manifestou seu parecer também favorável e que iria notificar na manha desta sexta-feira (18) a secretaria da 3ª Vara para que fossem expedidos os alvarás de soltura ainda hoje.

Recepção aos trabalhadores

     Após a confirmação da liberdade provisória, a CSP-Conlutas e o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Madeireiras e da Construção Civil Leve de Altamira (Sinticma) estão preparando uma recepção com festa na sede do sindicato, lá ocorrerá uma coletiva de imprensa com a presença dos operários, da advogada e do Vereador Cleber Rabelo. O evento contará também com a presença de diversos operários de Belo Monte, além da presença de sindicalistas e ativistas da região.
Por telefone, Cleber Rabelo, comentou o caso: “Estamos próximos da vitoriosa libertação desses operários lutadores, tivemos uma boa audiência ontem com o juiz e estamos no aguardo para receber esses lutadores, verdadeiras vítimas da criminalização, cada vez maior dos movimentos sociais nesse país”.

Relembrando o caso

      A rebelião foi desencadeada diante da negativa dos trabalhadores à proposta salarial defendida pelo Consórcio Construtor Belo Monte – CCBM e pelo SINTRAPAV – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada. A proposta salarial não avançava nos reajustes dos salários de algumas faixas, do vale alimentação e na “baixada” (período de visita à família).

      A luta dos trabalhadores buscava equiparar os salários e nivelá-los aos salários e benefícios de Jirau (RO) onde a “baixada” é de 3 meses e o vale alimentação é de R$ 300,00.

Após três fortes dias de protestos, o Consórcio Construtor Belo Monte, numa medida desesperada para esfriar o clima de revolta, liberou todos os trabalhadores para retornar aos seus locais de origem. Cerca de duas semanas depois, a Justiça do Trabalho determinou a redução da “baixada” para 3 meses, e a elevação do vale-alimentação de R$ 110,00 para R$ 210,00.

       Os cinco operários foram presos no dia 12 de novembro, acusados de liderar a greve e o motim que resultou no incêndio que destruiu alojamentos, refeitórios e veículos. Já permanecem encarcerados há 65 dias na delegacia de Altamira, concedida a liberdade provisória, eles responderão ao processo em liberdade.


 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Belém 397 anos: a luta pelo direito à cidade

Charge: Luiz Pinto - Belém, 397 anos.
            
As comemorações oficiais ao redor do aniversário de Belém ocultam a dura realidade de que o direito à cidade é algo para poucos – para os ricos. A desigualdade social e a luta de classes refletem na forma como as pessoas se relacionam com a cidade.
            Para um trabalhador de um bairro periférico, o atual inverno amazônico, por exemplo, é motivo pra muita dor de cabeça, pois a falta de saneamento básico que atinge mais da metade dos moradores da cidade, incluindo a sua, resulta em transtornos diários como enchentes, aumento na incidência de doenças como dengue e leptospirose e engarrafamentos insuportáveis no já caótico trânsito de Belém.
            Para este trabalhador, provavelmente morador do Tapanã, da Terra Firme ou da Pratinha, só pra ficar em 3 exemplos, não há grandes motivos para se comemorar o aniversário de Belém, pois no posto de saúde do seu bairro é difícil encontrar medicamento e atendimento médico de qualidade. A escola de seu filho sofre com o sucateamento da infra-estrutura física, com professores mal pagos e desmotivados e com um currículo escolar que não consegue deter a escalada da violência dentro e fora da escola porque é completamente alheio aos problemas da sociedade. Para este trabalhador ou para o filho deste trabalhador, é difícil se deslocar para as comemorações do aniversário de Belém, porque a passagem é cara, os ônibus demoram a passar, estão sempre lotados, sujos, calorentos, param de circular no melhor da festa, o trânsito é caótico e o risco de ser assaltado no retorno para casa é altíssimo. E se chover então nem se fala.
            Para uma mulher trabalhadora, que ganha um salário mínimo por mês, a vida em Belém também é muita dura, pois 85% das crianças de 0-3 anos, incluindo seus filhos, estão fora das creches públicas por falta de vagas e a inflação, de 8,31%, é a mais alta das 11 capitais pesquisadas pelo DIEESE.. Para esta mulher, que sonha em construir sua casa própria, a cidade lhe parece muita ingrata, pois ela trabalha o dia inteiro, mas não consegue regularizar o terreno de sua casa ou entrar em uma linha de financiamento porque o poder público ignora a necessidade de realizar uma reforma urbana em Belém que tem um déficit habitacional de mais de 73 mil unidades habitacionais e os programas de financiamento só contemplam famílias com renda superior a 3 salários mínimos. Também pesa sobre esta mulher trabalhadora as chagas físicas e psicológicas do machismo. Só existe uma delegacia especializada no atendimento à mulher em uma das capitais em que as mulheres mais sofrem com a violência de seus próprios “companheiros”.
            Já os grandes empresários e os governantes tem motivos de sobra para festejar. Os empresários de ônibus tiveram reajuste da tarifa de ônibus em 2012 e podem ter de novo esse ano se o  BRT for concluído, a Andrade Gutierrez está rindo a toa com a Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova e com o BRT, diferentemente dos moradores remanejados do Jurunas que ainda não tiveram suas novas casas entregues e dos rodoviários que perderão 1200 postos de trabalho com esta obra de trânsito.  Quem também deve estar feliz com o aniversário de Belém é a atual secretária de finanças do município que não paga o IPTU e ainda vai receber um polpudo DAS no final do mês.
            Belém sempre foi governada pelos ricos e para os ricos – desde os tempos coloniais – porém  as grandes lutas sociais, desde a revolução cabana, nos inspiram a seguir lutando por uma cidade para os trabalhadores, único caminho para combater o abandono dos bairros periféricos, a precarização dos serviços públicos, a corrupção e o privilégio das elites.    O aniversário de Belém deve ser uma ocasião para refletirmos sobre os problemas estruturais de nossa cidade e avançarmos em nossa organização e mobilização coletivas pelo direito à cidade para os trabalhadores, que são aqueles que constróem a cidade, mas que tem negado seu acesso aos serviços básicos, à sua história e a suas belezas naturais e culturais.

Cleber Rabelo, vereador de Belém pelo PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado).

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

NOTA DE FALECIMENTO DE ADILSON MONTE, MILITANTE DO PSTU


O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) manifesta seu pesar e sua solidariedade à família e aos amigos do jovem operário, Adilson Duarte Monte, 25 anos, que faleceu neste domingo, na Ilha de Cotijuba, região das ilhas de Belém.
Militante do partido desde 2006, Adilson ingressou ao PSTU, ainda quando era estudante da Universidade do Estado (UEPA). Apesar de não falar muito, dificilmente via-se Adilson de mau humor, ou indisposto à cumprir qualquer tarefa, fosse no trabalho ou na militância.
Harry Potter, como era conhecido no canteiro de obra da construção civil, foi vitimado por uma tragédia, afogou-se nas águas escuras da praia do “Vai-quem-quer”. Mas infelizmente essa era uma tragédia anunciada, o local é conhecido pelos diversos casos de afogamento, assim como acontece em vários balneários da capital e do interior paraense.
Mesmo com a morte de vários banhistas já terem ocorrido no local, no momento do ocorrido não havia nenhum guarda vida presente. Apenas depois de vários minutos, foi encontrado um agente do corpo de bombeiros, que informou que nada poderia fazer, pois não dispunha de nenhum tipo de equipamento de resgate. Durante cerca de uma hora, amigos e ribeirinhos fizeram buscas por conta própria até encontra-lo já morto.
Nossa imensa dor pela perda de um grande camarada mistura-se com a indignação pela falta de ação das autoridades para impedir que tragédias como esta sigam ocorrendo e cobramos providencias da prefeitura e do governo do estado, para que menos famílias tenham que chorar a perda de jovens e trabalhadores que vão as nossas praias em busca de lazer.
Adilson tinha um sonho, um sonho de construir um futuro justo e humano, em que as pessoas pudessem viver plenamente, uma sociedade socialista. E a morte de um camarada é um peso desumano pra carregar nos ombros. Alguém que compartilha sonhos e luta pelo mesmo propósito, torna-se parte de todos nós. 
Camarada Adilson estará presente enquanto houver mulheres e homens que lutam pelo socialismo e pela revolução!
Belém, 06 de Janeiro de 2013.

Diretório Municipal de Belém
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado 

domingo, 6 de janeiro de 2013

Festa da Vitória – Operários da Construção Civil em Belém lotam festa para comemorar vitória da classe trabalhadora



Vereador Cleber Rabelo, agradecendo o apoio e o
compromisso com os trabalhadores 
     No dia 7 de outubro de 2012, 4.691 trabalhadores apostaram, pela primeira vez, em um operário da construção civil, servente de ferreiro, como seu representante no legislativo. A novidade não está, no fato de um trabalhador, um operário alcançar um cargo político. A novidade está em uma pequena palavra que traz uma grande expectativa: socialista. O mandato socialista de Cleber Rabelo será um ponto de apoio político e material à luta dos trabalhadores a ser construído nas ruas, nas greves e ocupações. Muito mais que uma vitória do PSTU, esta é uma vitória da classe trabalhadora de Belém que, hoje (05/01), fez-se presente e lotou a sede campestre do Sindicato da Construção Civil para comemorar.

     Mais do que um momento de descontração, a festa também refletiu a política do partido. Logo após o almoço, os mais de 500 trabalhadores presentes assistiram a um vídeo com os melhores momentos da campanha: caminhadas, carreatas, passagem nos canteiros de obras e feiras que marcaram a campanha eleitoral de Cleber Rabelo. 

     Para Socorro Aguiar, da direção regional do PSTU, esta é uma grande vitória do partido. “Nós sabemos que o parlamento é um reduto da burguesia, um aparato daqueles que vivem do sangue e do suor dos operários, mas o mandato de Cleber vai nos fortalecer para que juntos, possamos enfrentar a prefeitura de Zenaldo Coutinho (PSDB), um governo dos ricos, marcado pela repressão e pelo massacre dos trabalhadores. Mas é importante que saibamos que mesmo que Cleber vá nos representar na câmara, essa luta é nossa!”, afirmou.

    Representantes de diversas entidades também se manifestaram. Ailson Cunha, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém ressaltou a importância deste momento para os operários: “Esta data é única porque os trabalhadores da construção civil participaram ativamente desta vitória e ajudaram a eleger um operário que vai falar por todos os trabalhadores na câmara. Finalmente, nós, trabalhadores temos um mandato pra chamar de nosso”, disse. Já para Atnágoras Lopes, da CSP-Conlutas e membro da direção nacional do PSTU, a eleição de Cleber não é um fato isolado: “Os operários estão se mobilizando. Foi assim com a greve da construção civil em Belém e assim com as eleições. Estamos dando um recado aos patrões de que não aceitamos essa condição de exploração que, só no ano passado, matou mais de 15 trabalhadores em Belém”, ressaltou.
Vereador Cleber Rabelo, em sua intervenção durante a
festa da vitória, na sede campestre do sindicato da
construção civil
    Em sua fala, Cleber saudou os trabalhadores presentes, e disse que infelizmente muitos não puderam estar presentes na Câmara no dia da posse, mas que hoje, de fato, era a “sua” posse, ao lado dos trabalhadores e ainda falou qual será o primeiro projeto que apresentará como vereador.  “É um absurdo que, em Belém, 40% dos trabalhadores ganhem um salário mínimo, (que mesmo tendo 9% de aumento, corresponde a apenas 3% de aumento real, já que a inflação teve reajuste de 6%). Enquanto o trabalhador tenta sobreviver com uma das cestas básicas mais caras do Brasil e o transporte público tem taxas elevadíssimas, sem direito a saúde e educação de qualidade, os políticos têm salários exorbitantes e altas mordomias. Só um vereador ganha R$ 15 mil por mês, mais R$ 14mil de vale-alimentação. Isso é uma vergonha! Por isso que meu primeiro projeto na câmara será a redução dos salários do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores”, afirmou.
     Além disso, Cleber reafirmou o caráter de seu mandato e afirmou que este será construído ao lado dos trabalhadores nas lutas e nas greves e ainda fez um convite a cada trabalhador presente. “Esse mandato não é meu. É nosso! E ele vai ser construído lado a lado dos trabalhadores, mas isso não seria possível se eu não estivesse no PSTU. Eu seria mais um operário trabalhando dia e noite para sobreviver, porque nessa sociedade nós não temos direito a nada. A única forma de a gente mudar isso é construir essa ferramenta política. Então, eu faço um chamado a vocês: venham conhecer nosso partido, venham construir o PSTU para que nós possamos ser vitoriosos, para que nós nos libertemos da opressão e da exploração ao qual estamos submetidos”.
     Já a programação cultural contou com a participação da banda do operário Sonivaldo Costa, conhecido na categoria por seus tecnobregas agitados, que embalam as rádios e aparelhagens de Belém e que, durante as eleições, fez sucesso com jingle da campanha do Cleber Rabelo. Além disso, os presentes ainda puderam curtir o samba da banda Choramingando e a cantora Ana Paula, também conhecida pelos militantes do partido, seus apoiadores e simpatizantes por agitarem as famosas Sextas Socialistas promovidas na época da campanha eleitoral. Ao final da atividade, 48 jornais Opinião Socialista foram vendidos e 53 pessoas deram um passo a mais e se filiaram ao PSTU. “O gabinete está aberto e o mandato é de vocês. Até a vitória!”, despediu-se Cleber. 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Cleber Rabelo, operário da construção eleito vereador pelo PSTU, toma posse em Belém

" Nosso mandato será uma trincheira de denúncia e resistência contra os ataques à classe trabalhadora”, discursa o vereador socialista


PSTU-BELÉM (PA)
 


 
 
  Cleber a caminho da cerimônia de posse
• No primeiro dia de 2013, quando os trabalhadores traçam novos planos e renovam suas esperanças para o próximo período, foi realizada a cerimônia de posse do prefeito e dos vereadores eleitos em Belém. Nem a chuva da tarde impediu a militância do PSTU de sair pelas ruas da cidade para tomar posse junto com Cleber Rabelo. A cerimônia tradicional foi quebrada pelas palavras de ordem dos militantes do partido que afirmavam que, a partir de hoje, a câmara de vereadores de Belém não será a mesma.

”E em Belém, eu quero ver trabalhadores no poder!”
Durante a cerimônia, Cleber agradeceu os votos e a confiança dos 4.691 trabalhadores e jovens que, pela primeira vez, apostaram em um operário da construção civil e militante do PSTU como seu representante no Legislativo, e reafirmou seu compromisso com as lutas imediatas e históricas que todos os dias são travadas pelos trabalhadores contra a barbárie dessa sociedade capitalista. “Belém está prestes a comemorar 400 anos, mas infelizmente os trabalhadores tem mais motivos para lamentar do que festejar. Mais da metade da população não tem acesso a saneamento básico, os bairros periféricos estão abandonados e os serviços públicos completamente sucateados. Todos os dias as manchetes dos jornais nos mostram assassinatos de jovens, mortes em filas de hospitais por falta de atendimento, faltam creches e educação de qualidade porque a cidade é governada para os ricos e essa dura realidade tem que mudar!” , afirmou.

Cleber também homenageou a família e os companheiros do agricultor Mamede Gomes, membro do MST da ocupação Mártires de Abril em Mosqueiro, covardemente assassinado em seu lote agroecológico no dia 23 de dezembro: “As motivações do crime ainda não estão esclarecidas, mas gostaria de dizer aos companheiros do MST que estamos juntos na luta por justiça e pela reforma agrária e urbana!” . Rabelo também dedicou este momento aos cinco operários presos na greve de Belo Monte, em Altamira (PA). Para ele, é um absurdo que mensaleiros continuem soltos enquanto esses trabalhadores que ousaram lutar por salários dignos sejam condenados a passar o Natal longe das famílias.



Para Gizelle Freitas, militante do Movimento Mulheres em Luta, o mandato de Cleber Rabelo vai ser um ponto de apoio para as lutas e revindicações das mulheres da classe trabalhadora: “Um dos principais pontos que esse mandato tem que encampar é pelas creches públicas na cidade. O déficit em Belém é muito grande, enquanto isso os filhos e filhas da classe trabalhadora não tem uma estrutura do estado pra que as mães e os pais possam sair pra trabalhar e deixá-los em segurança com uma equipe que possa dar conta não só da educação, mas de outros elementos que cercam a questão da creche.” . Gizelle também afirma que além das creches, o mandato de Cleber estar a serviço da luta contra o machismo: “O Pará está entre os sete primeiros estados do país no índice de violência à mulher e isso é preocupante demais. Então, é muito importante que um vereador possa também encampar essa luta com a gente, pelo fim da violência à mulher, pelo fim da opressão, pelo fim do machismo” .

Já Ricardo Wanzeller, da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL), acredita que a juventude que vem lutando pela garantia do emprego, pelo direito à aposentadoria pode se sentir representada por esse mandato. “Nós sabemos a realidade da juventude negra e homossexual de Belém, que além de ser criminalizada, não tem acesso aos principais serviços básicos da cidade. E é nesse mandato socialista que vamos buscar um ponto de apoio para as lutas da juventude, onde vamos fazer muita luta em defesa da educação, pelo passe livre para estudantes e desempregados, pelo acesso à universidade pública, porque a gente sabe que é só nas ruas, nas lutas que a gente vai arrancar nosso direito à liberdade e com um mandato socialista e revolucionário na câmara, nossa voz será melhor ecoada”, afirma.



“Nosso mandato será uma trincheira de denúncia e resistência contra os ataques à classe trabalhadora, a corrupção, as privatizações, ao imperialismo. Nosso mandato estará voltado aos trabalhadores que vivem com um salário de fome enquanto os ditos representantes do povo desfrutam de altos salários e mordomias pagos pelo suor dos trabalhadores. Contra essa falsa democracia, nosso mandato estará nos bairros, nas greves, nas ocupações, nos canteiros de obras, nas ruas sendo porta-voz das demandas da nossa classe pela construção de um mundo socialista” , concluiu Cleber Rabelo.