terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nota de solidariedade aos trabalhadores da GM de São José dos Campos



Ano passado, a GM anunciou que fecharia um dos principais setores da fábrica de São José dos Campos, o MVA (Montagem de Veículos Automotores) e que, assim, demitiria cerca de 1.500 trabalhadores. Um acordo aprovado em agosto entre o Sindicato e a empresa suspendeu a medida até o dia 26 de janeiro de 2013. Desde então, mais de 300 funcionários já aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) e outros 779 estão em lay-off (suspensão de contrato de trabalho). Diversas rodadas de negociação já aconteceram, mas a GM continua com o propósito de demitir, o que levou os trabalhadores a mais uma greve, nesta terça-feira, 22, e a ocuparem a Rodovia Presidente Dutra em uma tentativa de pressionar o Governo Federal a proibir as demissões.

Não há razão para as demissões! 

A luta dos trabalhadores de São José dos Campos é uma luta justa. Do ponto de vista do faturamento, as demissões não se justificam: são resultado do processo de reestruturação global adotado pela GM de diminuição do número de trabalhadores, intensificação do ritmo de trabalho e aumento da exploração e de seus lucros. Não é a toa que neste mesmo período, trabalhadores da GM da Alemanha, Argentina, França, Colombia e EUA também estão em mobilização, realizando atos internacionais em apoio à luta dos trabalhadores brasileiros contra as deminssões

Com o aprofundamento da crise internacional, trabalhadores no mundo todo vêm sofrendo com os planos de austeridade, flexibilização e arrochos, tudo isso para salvar os grandes bancos e as multinacionais. A General Motors quer que os trabalhadores paguem por uma crise que não criaram e se aproveita disso para continuar seu ataque de redução e retirada de direitos. Os ataques incluem as mais precárias condições de trabalho: salários rebaixados, fechamento de unidades de produção e milhares de demissões em todo o mundo.
Enquanto isso, no Brasil, as montadoras seguem lucrando com vendas bilionárias e com os privilégios concedidos pela política econômica do governo Dilma (PT), que privilegia as multinacionais, por meio de isenções fiscais e redução do Imposto sobre Produtos iIndustrializados (IPI), que só no ano passado somaram R$4 bilhões. 

Em defesa dos empregos, contra as demissões na GM

Não podemos impedir a ganância dos capitalistas que implementam ataques à classe trabalhadora para que as altas taxas de seus lucros sejam mantidas. E é certo que não conseguiremos mudar o comportamento de seus aliados que, hoje, no governo, repassam dinheiro público às multinacionais e não garantem nem estabilidade no emprego. Mas podemos decidir não sermos seus comparsas. Nosso partido e nosso mandato expressam a nossa total e irrestrita solidariedade aos trabalhadores em luta contra as demissões na GM. E é por isso que dizemos que se as empresas querem lucrar a custa do emprego de milhares de pais de família terão que fazê-lo sem o nosso consentimento, sem a nossa permissão. E isso não se dará sem mobilização! A luta continua, companheiros.  Em defesa dos empregos, contra as demissões na GM. Dilma, proíba as demissões!


                            Belém, 22 de janeiro de 2013

Cleber Rabelo

Vereador Operário Socialista

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