segunda-feira, 11 de março de 2013

Cleber Rabelo homenageia operária da construção Civil em cerimônia especial

Tia Maria, homenageada na CMB 


"Em 70 anos, nunca pensei que ia passar por isso. Nunca tinha entrado na Câmara, nem sabia como era... Até me emocionei”. Essas foram as palavras de Maria Francisca dos Santos Cunha após ser homenageada pelo vereador Cleber Rabelo em Sessão Especial de comemoração do Dia Internacional da Mulher, na Câmara Municipal de Belém. “Tia Maria”, como é conhecida, tem 70 anos e trabalha há 26 anos como servente de obras, sendo uma das primeiras mulheres a trabalhar no setor em Belém.
Durante a sessão, marcada por flores e músicas, cada bancada entregou plaquetas Dulce Accioli  (ativista belenense da luta pelo direito da mulher na década de 30) a personalidades femininas que “fazem a diferença”. No meio de tantas mulheres poderosas que estiveram presentes, entre advogadas, juízas, atrizes, empresárias, líderes-comunitárias e, até, a vice-prefeita de Belém, Tia Maria talvez tenha sido a que mais despertou a curiosidade entre os vereadores, vereadoras e funcionários da Câmara. Podem ter se perguntado, sem entender: “Por que homenagear uma operária?”, “O que ela faz de tão especial?”.
As perguntas, mesmo sem terem sido pronunciadas, foram respondidas. Cleber, quebrando o protocolo, falou do orgulho que estava sentindo ao homenageá-la e lembrou que isso só foi possível porque existe um “peão de obra”, operário da construção civil, vereador. “Enquanto a maioria das homenageadas teve oportunidade de frequentar a Universidade, eu trouxe aqui uma operária de 70 anos que sai de casa às 5h e chega às 20h e que trabalha até hoje para sustentar os filhos com o pequeno salário que ganha”, disse.
 “De norte a sul desse Brasil, mulher de luta é da Construção Civil”
O vereador ainda lembrou que a realidade de Tia Maria é comum à maioria das mulheres trabalhadoras, onde 40% são mães e pais de família, representam 46% da classe trabalhadora e ainda continuam recebendo 30% a menos que os homens, exercendo a mesma função. “A Tia Maria representa o conjunto de mulheres da Construção Civil, das trabalhadoras que não são reconhecidas por essa sociedade capitalista, mas que são reconhecidas pelo mandato operário e socialista do PSTU”, disse.
Militantes do PSTU acompanham a cerimônia da galeria da casa

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