Nessa sexta-feira (21/06) os professores municipais de Belém
voltaram a colocar seu bloco na rua para protestarem contra o governo. A manifestação
ocorreu na frente da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) e
seguiu em passeata rumo a prefeitura de Belém.
Em mobilização desde o início do ano os professores reivindicam
o pagamento do piso nacional da educação, reajuste no ticket alimentação e implantação
do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) unificado entre professores e
técnicos administrativos.
A categoria também reclama que a prefeitura não quer liberar
as férias dos professores recém empossados alegando que os mesmos ainda não tem
um ano de serviço. “Todo mundo sabe que
os professores tiram férias em julho junto com o calendário escolar, por que no
final do ano tem planejamento e reposição de aula. A prefeitura afirma que eles
ainda não tem um ano de serviço mas o prefeito Zenaldo também não tem uma ano
de gestão e vai sair de férias, os vereadores não tem um ano de legislatura e
também vão entrar de férias, por que que os professores não podem entrar na
férias?” – questionou o professor Sebastião Vilhena.
O vereador do PSTU, Cleber Rabelo, esteve participando da
manifestação em apoio a categoria. O parlamentar lembrou que o ticket de
alimentação hoje recebido pelos professores (R$ 220,00) é o menor valor de
todas as categorias do município. Do outro lado vereadores de Belém recebem
R$14.000,00 (quatorze mil reais) de ticket.
“É uma vergonha o que o Zenaldo e a maioria dos vereadores de Belém fazem com
os trabalhadores. Eu coloquei um projeto de lei na Câmara, para reduzir o
salário dos vereadores (hoje R$15.000,00) e retirar o ticket alimentação para
serem distribuídos entre os servidores, mas a maioria dos vereadores querem justificar
esses absurdos. Enquanto isso a população padece com a precarização dos
serviços públicos. Professores padecem para receber o mínimo. É um absurdo não
podemos aceitar mais esses ataques!” – afirma, o líder do PSTU.
“Nesse momento em que
a juventude está nas ruas pedindo melhorias nas educação, na saúde, contra a
corrupção, a classe trabalhadora precisa se juntar para derrotar o governo.
Precisamos unir as categorias e formar uma grande marcha contra os verdadeiros
opressores... Zenaldo, Jatene, Dilma... esse sim são nossos inimigos” –
concluiu Cleber.
Estudantes também se somam ao protesto
Alunos da Escola Municipal Manuela de Freitas, na baixada da
Gentil, também participaram do protesto.
Ana Carolina, 13 anos, afirma que está participando do
protesto para fazer justiça a sua educação. Ela lembrou que a mais de um ano
sua escola foi demolida com a promessa de construção de uma nova, e ela e os
colegas tiveram que passar a estudar dentro da igreja dos Capuchinhos.
Bianca Cristina, também aluna da escola Manuela de Freitas,
reclama que não há mais condições de permanecer nas dependências da igreja,
segundo ela e sua responsável, o padre já teria dado ultimato a direção da
escola para que eles fossem para outro prédio. “eles trancam o banheiro para a
gente não usar e colocam cadeira quebrada pra gente sentar” – afirma a
garotinha. “Estamos com medo por que não
temos para onde ir e já estão falando em espalhar a gente por vários colégios. Não
queremos nos separar, somos todos colegas e queremos estudar junto.”
É só marcar o dia do marcha contra os verdadeiros opressores... Zenaldo, Jatene, Dilma...
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