Há
oito dias em greve, os trabalhadores em educação do estado realizaram novo ato
na manhã de hoje (30/09). O mandato do vereador Cleber Rabelo esteve presente apoiando
a luta destes guerreiros e colocando seu mandato a disposição da categoria.
“O
que os trabalhadores em educação estão enfrentando é a parceria dos governos do
PSDB: uma parceria de ataque aos nossos direitos, que impõe uma jornada de
trabalho extenuante e ao mesmo tempo não paga o piso salarial nacional”, disse
Cleber.
O
vereador ainda criticou a postura do governo federal que, para ele, age de
forma semelhante ao governo Jatene, já que não propõe mecanismos que obriguem
esses governos a cumprirem uma lei nacional. “Na verdade, o governo Dilma se
omite e compactua com esses governos quando não os obriga a cumprir a lei. Inclusive,
o PT segue a mesma política de privatização que o PSDB. Já foram estradas, portos e aeroportos e agora a privatização avança sob
o nosso petróleo”.
Ainda
assim, Cleber acredita que os trabalhadores estão dando respostas a esses
ataques, a exemplo das inúmeras greves que ocorrem por todo o país. Mas se as
lutas estão avançando, a criminalização dessas ações também. “É necessário
denunciar o papel da justiça, principalmente nesse último período de lutas
generalizadas”, afirmou o vereador. Rabelo ainda denunciou que, enquanto o ato
seguia em direção à Secretaria de Estado de Administração (Sead), um caminhão
da tropa de choque já estava esperando os trabalhadores em frente à
instituição. “O que a ‘justiça’ tem feito é criminalizar as greves, multando
sindicatos e colocando a polícia para coibir lutadores. A greve da educação é
um grande exemplo disso, já que foi julgada abusiva antes mesmo de ter
começado!”.
Os
trabalhadores seguiram em ato até à Sead, onde reuniram com secretários do
governo. A reunião acabou já pela parte da tarde e, segundo Abel Ribeiro, da
CSP-Conlutas, o governo apresentou algumas propostas. Em relação à eleição
direta para os diretores das escolas, o governo se comprometeu a apresentar propostas
em uma nova reunião marcada para amanhã (01/10) com local e horário a ser
definido; o governo também se comprometeu a estudar um Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração unificado para a categoria e informar um calendário
para o acompanhamento do sindicato e de qualquer trabalhador que tenha
interesse sobre as reformas nas escolas. Ainda segundo o governo, não há
possibilidade de pagamento retroativo dos salários referente ao ano de 2011 no
momento, mas que uma proposta de pagamento será elaborada.
Para
Abel, apesar de limitadas, essas sinalizações são fruto da greve e da forte adesão
dos trabalhadores. “É preciso continuar!”, convocou. A categoria se reunirá em
assembleia na próxima quarta-feira (02/10), às 9h, no Sindicato dos Bancários, para
discutir as propostas apresentadas pelo governo. Amanhã, os trabalhadores em educação do estado
participarão do Ato Unificado das Categorias em Greve junto com Trabalhadores e trabalhadoras das Empresas de Correios e Telégrafos e
Bancários. O ato está marcado para às 8h, com concentração na Escadinha do
Porto, no Ver-o-Peso.
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