terça-feira, 10 de dezembro de 2013

No Dia Internacional de Luta contra Belo Monte vamos às ruas defender a Amazônia!

Hoje, dia 10 de dezembro, é o Dia Internacional de Luta contra Belo Monte. Diversos atos, vigílias e ações estão sendo pensadas pelo movimentos sociais por todo estado do Pará para fortalecer a luta contra este crime ambiental e social, além de denunciar outros grandes empreendimentos hidrelétricos na região. Em Belém, o Comitê Xingu Vivo participará da audiência do Lançamento do dossiê "Direito Humano à Educação na Amazônia", às 14h, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Por volta das 17h, em frente à ALEPA, os ativistas pretendem iniciar uma concentração para seguir em marcha até a OAB. O ato ocorre em parceria entre o Movimento Xingu Vivo e a SDDH na intenção de somar forças para prestar solidariedade  aos povos atingidos por esses empreendimentos. “Vem participar da luta conosco em apoio da amazônia e seus habitantes”, convocam em evento no Facebook.
Belo Monte é insustentável: econômica e socialmente
A imprensa nacional e internacional e os movimentos sociais fizeram inúmeras denúncias das atrocidades que acontecem desde o início da obra, há dois anos.  E o que antes eram alertas, frutos de estudos cientificamente embasados, converteram-se hoje na triste realidade que assola a região. O aumento da criminalidade, do tráfico de drogas e de pessoas, além da exploração sexual são fatos que se agravaram com uma obra que se mostra insustentável social e economicamente.
Nesses mesmos dois anos, uma grande sequência de paralisações protagonizadas por índios, trabalhadores e movimentos sociais denunciaram um regime de trabalho análogo à escravidão, licenciamentos fraudulentos, oitivas não realizadas e um superfaturamento absurdo no valor inicial da obra, que ainda pode aumentar (no início a obra foi orçada em R$16 bilhões, mas já supera os R$30 bilhões).
É preciso parar esse ataque à natureza e ao povos indígenas e ribeirinhos que dependem do rio Xingu.  Belo Monte, não está nem na metade de sua construção, mas já prova que não irá beneficiar os trabalhadores e os povos da região. Pelo contrário. Não passa de um compromisso eleitoral do governo com as empreiteiras que financiaram quase metade da campanha de Dilma (PT).
Para um outro modelo energético é preciso um outro modelo econômico
A industrialização e o desenvolvimento propagandeado pelos governos, sejam eles do PSDB ou PT, só desenvolvem as mazelas do sistema capitalista. A exploração desenfreada dos recursos naturais e o desenvolvimento a qualquer custo não têm limites porque o lucro não pode ter limites. Essa máxima do capital faz com que, por exemplo, além das usinas no rio Xingu, estudos para a construção dezenas de outras hidrelétricas, nos rios Tapajós, Jamanxin, Tocantins, Teles Pires, Araguaia, Madeira já estejam realizados / em andamento.
Belo Monte é ecológica e socialmente insustentável. O capitalismo também. E a única saída para a barbárie ambiental e social a que este sistema nos empurra é a construção de um novo modelo. Um modelo que não esteja pautado da exploração irracional dos recursos naturais para obtenção de lucro, mas que seja embasado nas reais necessidades da classe trabalhadora e na racionalização dos recursos do meio ambiente. O socialismo é única alternativa de salvação dos trabalhadores, da Amazônia e do mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário