segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Após forte ato, trabalhadores da Educação do Estado continuam em greve

Há oito dias em greve, os trabalhadores em educação do estado realizaram novo ato na manhã de hoje (30/09). O mandato do vereador Cleber Rabelo esteve presente apoiando a luta destes guerreiros e colocando seu mandato a disposição da categoria.
“O que os trabalhadores em educação estão enfrentando é a parceria dos governos do PSDB: uma parceria de ataque aos nossos direitos, que impõe uma jornada de trabalho extenuante e ao mesmo tempo não paga o piso salarial nacional”, disse Cleber.
O vereador ainda criticou a postura do governo federal que, para ele, age de forma semelhante ao governo Jatene, já que não propõe mecanismos que obriguem esses governos a cumprirem uma lei nacional. “Na verdade, o governo Dilma se omite e compactua com esses governos quando não os obriga a cumprir a lei. Inclusive, o PT segue a mesma política de privatização  que o PSDB. Já foram estradas, portos  e aeroportos e agora a privatização avança sob o nosso petróleo”.
Ainda assim, Cleber acredita que os trabalhadores estão dando respostas a esses ataques, a exemplo das inúmeras greves que ocorrem por todo o país. Mas se as lutas estão avançando, a criminalização dessas ações também. “É necessário denunciar o papel da justiça, principalmente nesse último período de lutas generalizadas”, afirmou o vereador. Rabelo ainda denunciou que, enquanto o ato seguia em direção à Secretaria de Estado de Administração (Sead), um caminhão da tropa de choque já estava esperando os trabalhadores em frente à instituição. “O que a ‘justiça’ tem feito é criminalizar as greves, multando sindicatos e colocando a polícia para coibir lutadores. A greve da educação é um grande exemplo disso, já que foi julgada abusiva antes mesmo de ter começado!”.
Os trabalhadores seguiram em ato até à Sead, onde reuniram com secretários do governo. A reunião acabou já pela parte da tarde e, segundo Abel Ribeiro, da CSP-Conlutas, o governo apresentou algumas propostas. Em relação à eleição direta para os diretores das escolas, o governo se comprometeu a apresentar propostas em uma nova reunião marcada para amanhã (01/10) com local e horário a ser definido; o governo também se comprometeu a estudar um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração unificado para a categoria e informar um calendário para o acompanhamento do sindicato e de qualquer trabalhador que tenha interesse sobre as reformas nas escolas. Ainda segundo o governo, não há possibilidade de pagamento retroativo dos salários referente ao ano de 2011 no momento, mas que uma proposta de pagamento será elaborada.
Para Abel, apesar de limitadas, essas sinalizações são fruto da greve e da forte adesão dos trabalhadores. “É preciso continuar!”, convocou. A categoria se reunirá em assembleia na próxima quarta-feira (02/10), às 9h, no Sindicato dos Bancários, para discutir as propostas apresentadas pelo governo.  Amanhã, os trabalhadores em educação do estado participarão do Ato Unificado das Categorias em Greve junto com Trabalhadores e trabalhadoras das Empresas de Correios e Telégrafos e Bancários. O ato está marcado para às 8h, com concentração na Escadinha do Porto, no Ver-o-Peso.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Lutar pela valorização profissional também é defender uma educação pública de qualidade: todo apoio aos professores em greve!

Toda semana é noticiado o fechamento do trânsito por alunos em mobilização em frente de alguma escola pública por conta da precarização das condições de ensino. São ventiladores que caem na cabeça dos alunos, bebedouros que não funcionam, quadras abandonadas, entre outros inúmeros problemas que confirmam o descaso do governador Simão Jatene (PSDB) com a Educação.
Infelizmente o “Pacto pela educação do Pará” anunciado por Jatene como a salvação da educação é um plano pensado por organismos internacionais, multinacionais e bancos, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Vale e o Itaú e não prevê o atendimento de nenhuma reivindicação dos trabalhadores em educação do Estado, como a Inclusão no PCCR da carreira e remuneração dos funcionários de escola, já previsto na legislação; as Eleições diretas para direção de escola; a Jornada de trabalho com garantia de no mínimo 1/3 para hora atividade e a Regulamentação das Aulas Suplementares na forma da lei, dentre outras pautas.
A educação do Pará não precisa de meritocracia para elevar seu Índice de desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Precisa sim de salário digno, melhorias nas escolas, gestão democrática, incentivo à qualificação e concurso público.
A greve dos trabalhadores em educação é um exemplo de defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, pois sem professores e funcionários valorizados e sem investimentos neste direito social básico não será possível garantir um futuro digno para os mais de 650 mil alunos e 40 mil trabalhadores em educação da rede estadual.
O mandato do vereador Cleber Rabelo (PSTU) se solidariza com a greve dos trabalhadores em educação do Pará e se coloca à disposição para o fortalecimento e para a vitória desta luta.

Todo apoio à greve dos trabalhadores dos Correios!

Os trabalhadores dos Correios do Pará decidiram, em assembleia realizada no dia 17/09, aderir à mobilização nacional da categoria e deflagrar greve por tempo indeterminado. A categoria rejeitou a proposta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de 8% de reajuste salarial por unanimidade. Os trabalhadores querem aumento de 15%, reposição da inflação de 7,13% e aumento linear de R$200,00. Além disso, pedem a inversão do horário de entrega de correspondências das tardes para as manhãs e manutenção do plano de saúde via Correio Saúde. Atualmente, o plano de saúde é um benefício conquistado pela categoria fornecido pela própria empresa. Entretanto, com a criação do Postal Saúde (proposta pela ECT) seria criada uma Caixa de Assistência de direito privado que substitui a ECT na administração do Correios Saúde, caracterizando a terceirização do serviço.

Não é de hoje que os trabalhadores dos correios sofrem com péssimas condições de trabalho. Diversos processos já foram emitidos pelo Ministério Público do Trabalho contra a ECT. Enquanto aos carteiros são impostas cargas de trabalho exorbitantes, com longas distâncias a serem percorridas e volumes de peso cada vez maiores (afetando a saúde de diversos trabalhadores), a receita da ECT também aumenta. Só em 2012, o lucro líquido da empresa foi de R$1,044 bilhão o que mostra que o crescimento dos rendimentos da empresa é a custa da exploração, também crescente, de seus funcionários. Não bastasse isso, a falta de funcionários é uma constante. Não por acaso, os trabalhadores também reivindicam a contratação de 35 mil funcionários. 
 O sucateamento dos Correios é gritante e o governo Dilma (PT) tem grande parcela de responsabilidade em relação a isso. Por meio do “Plano Estratégico Correios 2020”, o governo federal pretende “modernizar” os serviços da empresa. Em linhas concretas, isso significa a moderna privatização petista. E o primeiro passo foi dado, com a tentativa de terceirização do plano de saúde dos trabalhadores.
Nós, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) saudamos a greve dos trabalhadores dos correios e achamos que esta luta deve ir até o fim. É fundamental que os trabalhadores dos correios de todo o país se contagiem com as mobilizações de diversas categorias em curso. Só com mobilização e luta será possível derrotar a política de sucateamento e superexploração da ECT e do governo Dilma!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Projeto de Lei do Vereador Cleber Rabelo (PSTU) que reserva vagas de trabalho para mulheres operárias é aprovado em Belém!

Nesta segunda-feira, dia 23.09.2013, foi aprovado Projeto de Lei de autoria do vereador Cleber Rabelo (PSTU) que reserva o mínimo de 15% de vagas de trabalho para trabalhadoras da construção civil nos Projetos Habitacionais da Prefeitura Municipal de Belém. A aprovação deste PL é sem dúvida alguma uma grande vitória da classe operária de Belém e só foi possível graças à forte greve de 9 dias feita pelos trabalhadores e trabalhadoras da construção civil do município no início de setembro que impactou a cidade e particularmente o poder legislativo municipal que foi alvo de manifestações durante a greve e forçou a Câmara Municipal de Belém a aprovar dois requerimentos propostos pelo vereador operário e socialista do PSTU, um prestando a solidariedade da CMB à greve operária e outro convocando o Sindicato Patronal para negociar com os trabalhadores em greve.
“A reserva de vagas de trabalho para as mulheres operárias é uma pauta histórica dos trabalhadores e trabalhadoras da construção civil em virtude da superexeploração e opressão a que estão submetidas as trabalhadoras nos canteiros de obra, pois as operárias não tem direito à classificação (progressão funcional), sofrem cotidianamente com o assédio moral e sexual e ainda encontram muitas dificuldades para conseguir emprego na Indústria da Construção”, argumentou o vereador Cleber Rabelo em sua defesa sobre a aprovação do Projeto de Lei. “Agora é preciso seguir na pressão para que o Prefeito Zenaldo Coutinho sancione a lei o quanto antes e a implemente já nas obras do Programa Minha Casa Minha Vida Viver Belém que prevê a construção de cerca de 9 mil unidades habitacionais no município”, completou o vereador do PSTU.
Esta vitória fortalece a luta da categoria e do sindicato dos trabalhadores da construção de Belém pelo direito à classificação e para que esta cláusula da reserva de vagas de 15% seja incorporada na convenção coletiva da categoria. Para Daniele Schusterschitz, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém e militante do PSTU, “a aprovação deste projeto representa um marco histórico para as mulheres trabalhadoras da construção civil de Belém, pois garante um direito que há muito tempo é perseguido pela categoria e demonstra como um vereador operário e socialista, que combate a exploração e a opressão no cotidiano, pode fazer a diferença em prol da classe trabalhadora. Depois da inclusão na Convenção Coletiva sobre uma cláusula vaga que faz referência ao incentivo à qualificação à mulher operária, com esta aprovação nossa luta pelas pautas específicas se fortalece e torna mais concreta.
 Agora vamos divulgar esta vitória nacionalmente no I Encontro do Movimento Mulheres em Luta em Minas Gerais e impulsionar a luta por mais direitos para as mulheres trabalhadoras em todo o pais”.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

TODO APOIO ÀS GREVES NO MUNICÍPIO DE BELÉM! TRABALHADOR QUE LUTA VALE MAIS!


Na manhã desta sexta-feira (20), o vereador Cleber Rabelo (PSTU) esteve apoiando e prestando sua solidariedade as lutas das diversas categorias em greve no município de Belém. Logo cedo o vereador esteve na greve dos trabalhadores bancários que se concentrou em frente ao Banco da Amazônia, Av. Pres. Vargas, para o parlamentar as jornadas de junho que levou milhares de pessoas as ruas para protestarem por melhores condições de saúde, mais investimentos em educação, saneamento, segurança, etc. Mostrou que é possível conquistar vitórias e que a classe trabalhadores unida pode sim mudar sua condição de vida. Segundo Cleber é totalmente recusável a proposta da FENABAN de colocar na mesa de negociação somente 6,1% de reajuste. 

“Nós precisamos unificar as lutas, unificar todos os trabalhadores bancários pra mostrar pros patrões que quem produz o lucro deles somos nós. Não podemos aceitar os salários baixos, precarização, assédio moral e não valorização do servidores. [...] é preciso denunciar também que assim como o PSDB tem uma política de privatização aqui no estado aonde a gente se pagando a conta, o governo federal se esconde atrás da FENABAN e não negocia a política de reajuste dos bancos públicos. Por que o patrão dos trabalhadores dos bancos públicos é sim o governo e por tanto deveriam negociar e não se esconder atrás da FENABAN que é controlada pelos bancos privados e todos mundo fica refém desses grandes empresários...” – afirmou o vereador.

Às 9h00, Cleber Rabelo seguiu para a Praça Batista Campos aonde estavam concentrados os trabalhadores e trabalhadoras Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (ACS / SCE). A categoria que está em greve pelo oitavo dia consecutivo aguardava em frente ao Ministério Público do Trabalho, uma audiência de conciliação entre a promotoria, sindicato, trabalhadores de base e a prefeitura de Belém.

“A luta de hoje é muito importante, nós estamos aqui para pressionar para que o Ministério Público do Trabalho interceda por nós e force com que a prefeitura assine um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) se comprometendo em atender as reivindicações dos trabalhadores, que muitas das vezes não possuem material de trabalhado, EPI’s, muitos tem que comprar do seu próprio dinheiro uma camisa para confeccionar e usar como uniforme de trabalho, botas e etc. Muitas das vezes o protetor solar, quando tem, não é o fator necessário para proteger os agentes de comunitários que andam o dia todo no sol, de casa em casa para atender e verificar as necessidades de saúde de cada família. A atenção à saúde básica é fundamental para melhorias das condições de vida de toda a população e por tanto merece ser tratada com respeito” – argumentou Rabelo.


Já no final da manhã o vereador esteve com os jornalistas em frente ao Diário do Pará. A categoria que oficialmente entrou em greve nesta sexta-feira ao meio dia, já está em mobilização para a campanha salarial desde Abril quando venceu a data base da categoria e até então não tinha nenhuma contra proposta de negociação por parte da patronal.

Cleber Rabelo esteve reunindo com as lideranças e colocou seu mandato a disposição da greve. Na manhã de ontem durante a sessão especial convocada para discutir a situação dos jornalistas no Pará, o vereador se comprometeu em participar da frente mista composta por parlamentares, Ministério Público Estadual, OAB e o SINJOR para viabilizar uma negociação e verificar as condições de trabalho em cada redação.


Leia também: 

Jornalistas do Diário do Pará entrem em Greve


Entrevista com Leonardo Fernandes, jornalista demitido do Diário do Pará


Vereador Cleber denúncia irregularidades no jornal dos Barbalhos


Solidariedade aos jornalistas de Belém: Trabalhador Vale Mais



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Todo apoio à luta dos bancários!

Os bancários da maioria das cidades brasileiras deverão entrar em greve a partir da próxima quinta-feira (19). Em Belém, em assembleia realizada no dia 12/09 os trabalhadores também decidiram aderir ao movimento nacional. A categoria pede reajuste salarial de 11,93%, piso salarial de R$ 2.860,21, melhoria nas condições de trabalho, auxílio educação e alimentação, entre outros. Por outro lado, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou proposta de reajuste de apenas 6,1%. O ajuste não repõe nem a inflação, acumulada em 6,6%.

É inadmissível que, em um dos setores mais lucrativos da economia, que bate recordes ano após ano, os trabalhadores recebam uma proposta tão rebaixada, que não leva em consideração o crescimento dos lucros dos bancos e o alto grau de exploração dos trabalhadores. A intenção dos banqueiros é clara: garantir seus lucros negando melhores salários e condições de trabalho dignas aos funcionários.
Prova disto é que, logo no primeiro semestre deste ano, o lucro recorde do Banco do Brasil foi estampado em várias manchetes. Segundo levantamento feito pela consultoria Economatica, o lucro do BB foi de R$ 10 bi, o maior da história dos bancos brasileiros. Já o lucro do Itaú Unibanco foi de R$ 7,2 bi e o do Bradesco, R$ 5,86 bi.
Em contrapartida, os trabalhadores são expostos a péssimas condições de trabalho. Os salários são cada vez menores, enquanto o ritmo de trabalho só aumenta. Além disso, a insegurança bancária é alarmante. Segundo o Sindicato dos Bancários do Pará, 31 casos de violência contra bancos foram registrados de janeiro a setembro deste ano. Desses, 23 foram assaltos consumados e 8 tentativas. A insegurança bancária é reflexo da falta de segurança pública no estado, que coloca trabalhadores em risco em seus locais de trabalho diariamente.
As mobilizações de junho, que demonstraram a indignação de milhares de jovens em relação aos baixos investimentos nas áreas sociais, como saúde, educação e transportes devem ser tomadas como exemplo para os bancários do estado.  Os dias 11 de julho e 30 de agosto, que refletiram a luta dos trabalhadores contra as políticas do governo Dilma (PT), também. É impossível conquistar melhores condições de trabalho e salário, se o governo seguir entregando bilhões aos banqueiros internacionais com o pagamento das dívidas interna e externa. É impossível garantir estabilidade no emprego e o fim das terceirizações se não lutarmos pela estatização do sistema financeiro.
Por tudo isso, declaramos total apoio à campanha salarial bancária. E, desde já, chamamos os demais trabalhadores a participar da assembleia organizativa convocada pelo Sindicato para quarta-feira (18), às 19h. É tarefa de cada trabalhador e trabalhadora participar e organizar essa forte luta!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Todo o apoio à greve dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias de Belém!

A greve iniciada ontem (11/09) dos ACS/ACE do município de Belém deve ser cercada de solidariedade por toda a sociedade. O caos na saúde em nosso município se explica, dentre outros fatores, pelo desrespeito sofrido pelos trabalhadores da saúde por parte da Prefeitura. As precárias condições salariais e de trabalho justificam plenamente a greve desses servidores cujo trabalho é fundamental na promoção de saúde e prevenção de doenças sobretudo para as famílias mais pobres.
Além de reajuste salarial de 9% e melhores condições de trabalho, os ACS em particular reivindicam o pagamento retroativo das parcelas de R$ 950,00 que já deveriam ter sido pagas desde janeiro. O salário bruto de um ACE, para se ter ideia, é de apenas R$ 1.090,00. Com os descontos, sobra pouco mais de R$ 800,00 por mês para um agente de saúde sustentar sua família. Isso é um verdadeiro absurdo. Além dos baixos salários, os ACE/ACS padecem no cotidiano com as péssimas condições de trabalho. “Os pontos de apoio, quando existem, estão fortemente sucateados, sem condições sanitárias mínimas, faltam luvas, faltam botas, até lápis e papel está em falta. Sem contar o perigo que sofremos com a violência urbana. Nosso trabalho comporta inúmeros riscos”, denuncia a Agente de Combate às Endemias “M.S” (iniciais para preservar identidade da trabalhadora).
Exigimos do Prefeito Zenaldo Coutinho, que prometeu priorizar Saúde em sua campanha eleitoral, que atenda às reinvidicações dos servidores em greve. Não é possível solucionar o caos na saúde pública municipal sem valorizar os servidores da saúde, a começar por quem trabalha na saúde preventiva e no contato direto com as famílias mais pobres. Os ACE/ACS merecem respeito, dignidade e valorização. Todo o apoio à greve dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias de Belém!

Belém, 12/09/2013
Vereador Cleber Rabelo (PSTU)

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Forte greve dos trabalhadores da Construção Civil termina com avanços


     Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (10), em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os operários e operárias da Construção Civil de Belém, Ananindeua e Marituba decidiram encerrar a greve iniciada pela categoria no dia 2/09. Com muita luta contra a dureza da patronal, que foi forçada a negociar, a maioria dos trabalhadores resolveu aceitar a proposta de 9% de reajuste salarial.

     Além do reajuste, a pressão dos trabalhadores também garantiu a redução do desconto do vale transporte de 2% para 1%. Já a cesta básica, uma das principais pautas de reivindicação, foi incluída em uma cláusula na qual o sindicato patronal se compromete a ampliar o número de empresas que fornecem o benefício. Os dias parados também foram negociados. Dos oito dias, quatro serão descontados parceladamente, enquanto os outros quatro serão compensados. O desconto não afetará as férias, nem a PLR. “Se a nossa pressão obrigou os patrões a negociar, agora vai obrigá-los a avançar na cesta básica. A luta continua, por dentro dos canteiros”, disse o vereador Cleber Rabelo (PSTU). 

   Os trabalhadores chegaram cedo ao TRT. Aguardaram ansiosos a chegada dos representantes do Sinduscon, a entrada da comissão de negociação, os informes “do lado de dentro” que pareciam não avançar e, finalmente, a saída da comissão. Das 9h até às 14h, foram cinco horas de tensão. Era o momento de decidir os rumos da vida de muitos operários. “A pressão da greve já nos concedeu uma vitória”, iniciou Atnágoras Lopes, da CSP-Conlutas. Segundo ele, a força da mobilização e a paralisação de mais de 90% dos canteiros de obra fizeram com que a patronal fosse obrigada a comparecer à rodada de negociação intermediada pelo TRT, na figura do vice-presidente em exercício, o desembargador Vicente Malheiros e na presença do representante do Ministério Público do Trabalho, Dr. Loris Pereira Júnior.

      Mas a postura intransigente dos empresários desde o início das tentativas de negociação foi mantida durante a reunião. Com ameaças de desconto de todos os dias parados sem possibilidade nenhuma de negociação, redução da proposta de reajuste de 9% para 7% (com primeira parcela a ser paga agora e o restante só em janeiro) até o “cesta básica está fora de questão”, a reunião foi uma verdadeira queda de braço.

     Para o vereador de Belém pelo PSTU, Cleber Rabelo, os trabalhadores saem da greve com uma importante vitória: “Se antes, a postura da patronal era de estimular que as empresas não garantissem cesta básica, agora terão que fazer com que elas garantam esse direito. Mas essa ‘mudança de postura’ que foi sinalizada na reunião de negociação não garante a benefício por si só. Como tudo que nós conseguimos, isso só virá com muita luta.”, disse.

     O reajuste salarial representa 2,6% de aumento real, um dos maiores na Construção Civil. E, apesar de não se ter avançado no tema das mulheres operárias, que foram essenciais nesta greve, destacando-se como linha de frente na luta, o sentimento da categoria é de vitória. “Toda greve e todo processo de mobilização nos ensina lições e a deste ano nos deixou com uma importantíssima! Nós saímos desse processo com vitórias concretas, mas a maior verdade é que só a luta muda a vida. Nós voltamos aos canteiros de obra de cabeça erguida, como verdadeiros guerreiros e guerreiras, e com mais vontade de lutar!”, afirmou Rabelo.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Após pressão, TRT se compromete a convocar patronal para negociar com os trabalhadores da construção civil em greve

Os trabalhadores e trabalhadoras da Construção Civil de Belém, Ananindeua e Marituba, em greve há oito dias, conseguiram uma importante vitória na manhã desta segunda-feira, 09/09. Reunidos em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT – 8ª Região), após passeata pela cidade, a categoria conseguiu com que a presidência convocasse o sindicato patronal para uma rodada de negociação. O TRT sinalizou uma reunião para esta terça feira, 10/09. Além disso, a presidência do tribunal garantiu à diretoria do sindicato dos trabalhadores o direito de amanhecer nos canteiros de obra, fazendo piquete. Os piquetes estavam proibidos desde a última sexta-feira (6), quando este mesmo tribunal expediu 12 interditos proibitórios, favorável à patronal, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por cada violação.
Desde as 9h, diversos trabalhadores já se concentravam em frente ao TRT, na Praça Brasil. Depois de atos em frente ao Sinduscon e Câmara Municipal, a pressão política de hoje foi feita para que a justiça interviesse no conflito e que revogasse as liminares expedidas em favor da patronal. “O que nós queremos é que o TRT cumpra seu dever e atue como o tribunal do trabalho, e não dos empresários! Não é possível que, além dos patrões nos negarem direito à comida, ainda tentam nos tirar o direito de lutar, nos multando em R$50, R$100 mil!”, afirmou Atnágoras Lopes, da CSP-Conlutas.
Na prática, as liminares proibiam que protestos fossem realizados a um raio inferior a 50 metros nos canteiros de obra. Para o vereador de Belém, Cleber Rabelo (PSTU), essa proibição coloca em xeque o direito à greve, garantido pela própria Constituição. “Que direito à greve é esse que proíbe os diretores do sindicato de chegarem perto dos canteiros de obra? E que justiça é essa que só pende para um lado? Os empresários desrespeitam a convenção coletiva, muitas vezes não pagam a quinzena e nada acontece. Mas quando estamos em campanha salarial, as empresas, além de não darem aumento digno, ainda tentam arrancar o dinheiro dos trabalhadores para tentar nos calar”, disse.
Após quase três horas de espera, uma comissão formada por diretores e trabalhadores de base dos sindicatos de Belém, Ananindeua e Marituba, além do vereador Cleber Rabelo (PSTU), foi recebida pela Desembargadora Presidente, Odete de Almeida Alves. Em reunião, a desembargadora se comprometeu a convocar o sindicato patronal para uma nova tentativa de negociação. “De certa forma, o dia de hoje representou uma vitória na nossa luta e nos dá forças para engrossar nosso pelotão! Amanhã, estaremos mais uma vez em frente ao Tribunal, exigindo dos patrões nossos direitos: aumento digno, cesta básica, classificação e qualificação para as mulheres operárias!”, afirmou Rabelo.

domingo, 8 de setembro de 2013

COHAB consegue 8% de reajuste na campanha salarial.

Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém e Governo Estadual fecham acordo e Assembleia comemora o aumento.

Os trabalhadores da Companhia de Habitação do Estado do Pará (COHAB) conseguiram uma grande vitória em sua campanha salarial: um reajuste de 8% além da manutenção dos benefícios como auxílio creche. Os trabalhadores, que estavam em estado de greve durante toda a semana, receberam nessa sexta-feira o vereador do PSTU, Cleber Rabelo e os diretores do sindicato, Zé Gotinha e Atnágoras Lopes, da CSP-Conlutas que se reuniram com a patronal para discutir o aumento.

No início, a patronal queria apenas reajustar o salário em 6,38%. Ano passado,  os trabalhadores não tiveram um aumento significativo e o medo que isso ocorresse na campanha salarial deste ano, era grande. Após algumas rodadas de negociação, a patronal acenou com um aumento de 8%, que representa um ganho real de 1,62% se comparado ao reajuste do ano passado.

Cerca de 150 trabalhadores estiveram presentes na Assembleia para decidir se aceitariam ou não o reajuste. A maioria aceitou a proposta da patronal e comemorou muito, o que eles consideraram uma vitória em relação ao ano passado. O vereador Cleber Rabelo, do PSTU, parabenizou a vitória dos trabalhadores e colou o debate da solidariedade dos funcionários da COHAB à greve da construção civil de Belém, Ananindeua e Marituba. Ele disse que a luta não chegou ao fim, pois existem outras categorias em greve. “É necessário um forte apoio de solidariedade a esses companheiros, como os operários da construção civil”, disse.


No final, foi decidido um apoio de solidariedade à greve da construção civil com a doação de alimentos para os operários.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Assembleia da Construção Civil de Belém aprova manutenção da greve pelo ...

Reunidos na frente do sindicato dos trabalhadores da construção civil de belém, centenas de operários e operárias aprovam pelo 5º dia consecutivo a manutenção da greve que agora já atinge mais 3 municípios do estado do Pará. No total Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel e São Miguel do Guamá. Segunda feira haverá mais uma assembleia unificada para dar continuidade ao movimento. A patrona continua intransigente, sem querer negociar. Confira a votação da assembleia

Sindicato patronal não comparece à negociação e operários permanecem em greve

A reunião de negociação entre os sindicatos dos trabalhadores e dos empresários da construção civil convocada para quinta-feira (05/09), pela Câmara Municipal de Belém, não foi realizada. Além de não comparecer, o sindicato patronal enviou resposta em que dizia “não ter qualquer assunto a tratar com o sindicato dos trabalhadores enquanto a categoria permanecer em greve”. Em assembleia realizada ao final da manhã, os trabalhadores afirmaram que não aceitam a chantagem dos patrões e votaram continuação da greve por tempo indeterminado. Agora, a paralisação de quase 100% dos canteiros de obra em Belém, Ananindeua e Marituba se expande para Benevides, Santa Izabel e São Miguel do Guamá.
Foi com muita indignação que os operários e operárias terminaram de ouvir a leitura do ofício enviado pelo Sinduscon à CMB. Reunidos em frente à Câmara de Vereadores, os trabalhadores em greve desde segunda-feira (2) puderam comprovar, mais uma vez, a intransigência dos empresários. “Isso não é um ofício. É uma provocação”, disse Atnágoras Lopes, da CSP-Conlutas. Atnágoras afirma que a proposta de que os trabalhadores saiam da greve para que haja negociação além de falsa, soa como chantagem. Ele afirma que antes da greve os trabalhadores passaram dois meses tentando negociar, sem que a patronal mostrasse disposição. “Ao contrário. Eles saíram de férias, desmarcaram rodada de negociação e apresentaram uma proposta que ignora as nossas necessidades. Nós não vamos aceitar essa imposição e reafirmamos: se não tem negociação, a greve continua!”, disse.
O presidente da CMB, vereador Paulo Queiroz (PSDB), comprometeu-se a conversar com o prefeito de Belém e com o governador do estado do Pará, Zenaldo Coutinho e Simão Jatene, respectivamente para que eles intervenham na situação e convençam os empresários a negociar com os operários. Segundo Paulo Queiroz, estas instituições não podem intervir em um conflito trabalhista, mas podem intermediar e provocar o diálogo. “E assim será feito”, garantiu.  
Para o vereador Cleber Rabelo (PSTU) o não comparecimento dos empresários representa mais do que o desrespeito aos trabalhadores, uma afronta a Câmara Municipal. Além disso, comprova que os patrões desafiam a justiça, as leis e as instituições de governo porque sabem que estas mesmas instituições estão do lado dos ricos e não dos trabalhadores. “Se eles desafiam até uma instituição do governo, de representação popular, é porque eles acham que estão acima do bem e do mal. Foi assim, por exemplo, na greve do ano passado quando eles também não compareceram à audiência convocada na Assembleia Legislativa.”
Ao fim da manhã, os operários aprovaram a continuação da greve por tempo indeterminado. Hoje, os piquetes continuarão e as próximas ações serão definidas em uma nova assembleia. A paralisação dos canteiros de obra iniciada em Belém, Ananindeua e Marituba avança para outros municípios, como Benevides, Santa Izabel e São Miguel do Guamá. O avanço das paralisações mostra que a categoria segue firme e unida.
“Se os patrões pensam que nós vamos desistir, estão muito enganados. Nós não vamos voltar de cabeças baixas para os canteiros de obra. Não vamos aceitar a chantagem, nem fazer a vontade daqueles que nos exploram e humilham diariamente. Vamos lutar como verdadeiros guerreiros, que é o que somos. Para rir ou para chorar, vamos continuar em mobilização. Pois só nossa luta e nossa união é que pode nos levar a vitória!”, disse Cleber Rabelo.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Operários em greve lotam Câmara Municipal de Belém

Após dois dias fazendo manifestações em frente ao Sindicato Patronal (SINDUSCON) e sem obter respostas satisfatórias, os trabalhadores da construção civil de Belém, Ananindeua e Marituba mudaram o alvo, na manhã desta quarta-feira. Em seu terceiro dia de greve, os operários se dirigiram à Câmara Municipal de Belém e cobraram dos vereadores intermediação do conflito existente entre a categoria e os empresários do setor. Na ocasião, o vereador Cleber Rabelo (PSTU) deu entrada em dois requerimentos que exigiam posicionamento da casa em favor da greve dos trabalhadores e convocavam uma reunião de negociação entre os sindicatos e que serão encaminhados a SINDUSCON. O presidente da casa, vereador Paulo Queiroz (PSDB) se comprometeu a participar de uma reunião com os operários que está prevista para amanhã (05/09), às 10h, na CMB. 
De acordo com Ailson Cunha, diretor do sindicato dos trabalhadores, a ideia de ir à Câmara Municipal ocorreu devido à postura intransigente da patronal, que não se dispõe a negociar. Para ele, “se a Câmara é a ‘Casa do Povo’, é sua obrigação se posicionar a favor dos trabalhadores e entender as pautas de reivindicações como justas e legítimas”. O diretor também afirmou que a greve segue forte, com cada vez mais canteiros de obras paralisados e que amanhã os trabalhadores voltarão à CMB, ainda mais dispostos a resolver o impasse. “Não somos nós que não queremos negociar. Muito pelo contrário! São os empresários que, além de negarem cesta básica, também se negam a conversar”, disse.
Para Cleber Rabelo, autor dos requerimentos, o posicionamento da Câmara de Vereadores é um passo importante que faz avançar a luta dos operários, mas que ainda assim, não é garantia de vitória. “Infelizmente ainda não sabemos se os empresários comparecerão. Mas a convocação foi feita. E não só pelo sindicato dos trabalhadores, mas também pela Câmara dos Vereadores. Basta saber se o Sinduscon desrespeitará a convocação do poder legislativo deste município. Basta saber se os empresários terão a petulância de ignorar a CMB!”.
Base aliada de Zenaldo quebra acordo de lideranças e projeto de Cleber não é votado
Além dos requerimentos encaminhados, estava previsto para entrar em votação hoje um dos projetos de lei do vereador Cleber Rabelo que dispõe sobre a reserva de 15% das vagas para trabalhadoras da construção civil em projetos habitacionais da Prefeitura Municipal de Belém. Entretanto, por falta de quórum, a sessão foi suspensa. 
A reserva de vagas às mulheres operárias também é pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano, como parte importante do combate ao machismo que gera resistência à contratação de mulheres no ramo.  
O PSTU apoia e constrói a greve lado a lado aos operários e operárias da construção civil e  utiliza seu mandato pra fortalecer as lutas da categoria. Mais do que aumento salarial, contudo, nosso mandato também brigará pela ampliação dos direitos e da proteção aos trabalhadores e trabalhadoras do setor.
“A mobilização dos trabalhadores deve seguir forte: amanhã para a negociação com a patronal e nos dias seguintes para pressionarmos os vereadores a votarem o meu projeto. Vamos juntos arrancar vitórias econômicas e políticas!”. 

Todo o apoio a greve dos Trabalhadores em Educação!


Com intransigência da patronal, operários da construção civil vão ao terceiro dia de greve

Hoje foi o segundo dia da greve dos trabalhadores e trabalhadoras da construção civil. Diferentemente de ontem, os trabalhadores optaram por outra forma de pressionar os empresários. Para mostrar a indignação da categoria, foram feitas manifestações que pararam por várias horas pontos estratégicos de Belém, Ananindeua e Marituba. “O que interessa para nós, no dia de hoje, não é o número de pessoas em uma mesma manifestação, mas a quantidade de obras paradas nas cidades”, afirmavam os diretores do sindicato. A patronal ainda se recusa a receber os trabalhadores e afirmou que só negocia se eles finalizarem a greve.
No centro de Belém, centenas de operários se concentraram mais uma vez em frente á Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), onde está localizado o sindicato patronal (SINDUSCON – PA). Mas as rodovias Augusto Montenegro (próximo a Avenida Independência) e o Entroncamento também foram alvo de manifestações. Os piquetes de Ananindeua, por sua vez, bloquearam as rodovias Mário Covas e 40 Horas, assim como a BR 316. A BR também foi alvo das manifestações em Marituba.
Segundo Atnágoras Lopes, da executiva nacional da Central Sindical Popular – Conlutas, a qual o sindicato da construção civil é filiado, se por um lado a intransigência dos patrões segue grande, a disposição de luta da categoria também. “Quem olha para os atos, pode pensar que, por ter menos gente que ontem, a luta está enfraquecendo. Essa conclusão está errada. Hoje nós resolvemos mostrar a nossa indignação para a população nos quatro cantos das cidades e a nossa greve segue forte. Prova disso é que se ontem nós tínhamos 90% das obras paradas, hoje chegamos próximo a 100%.”, afirmou.
A categoria não vê previsão de término da greve e descarta a possibilidade de voltar aos canteiros de obra para uma possível negociação, como exigem os empresários. Os trabalhadores afirmam que estavam tentando negociar há mais de um mês, enquanto trabalhavam normalmente, e que não obtiveram respostas. “Foi preciso paralisarmos os canteiros e iniciar pressão para que eles, pelo menos sentassem com a comissão de negociação”, disse Antônio Francisco, diretor do sindicato conhecido como Zé Gotinha.
 O vereador Cleber Rabelo (PSTU) esteve novamente presente e saudou a luta da categoria. Segundo ele, as jornadas de junho protagonizadas pela juventude e as paralisações convocadas pelas Centrais Sindicais nos dias 11 de julho e 30 de agosto se somam às campanhas salariais de diversas categorias em todo o estado e abrem um espaço a vitórias.
“Nesses dois dias, vimos, além da nossa greve, paralisação dos Agentes da Autarquia de Mobilidade Urbana de Belém (AMUB), dos funcionários do PSM da 14 de março, servidores do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (IPAMB), trabalhadores em educação do municício (...) Isso é um sinal claro de que os trabalhadores não estão satisfeitos com as políticas implementadas pelos governos que só beneficiam os empresários, como os da construção civil. É preciso unificar e intensificar as lutas. Só assim obteremos conquistas concretas!”.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Operários param 90% dos canteiros de obra no primeiro dia de greve da construção civil

O primeiro dia da greve dos trabalhadores da construção civil de Belém, Ananindeua e Marituba reuniu cerca de 6 mil operários e operárias nas principais ruas da capital paraense.  Os trabalhadores pararam 90% dos canteiros de obra em uma tentativa de pressionar os empresários a atender a pauta de reivindicações da categoria, que exige 18,6% de reajuste salarial, cesta básica e uma política de classificação para as mulheres operárias. Mesmo com a forte passeata que se dirigiu ao sindicato patronal, os empresários não receberam os trabalhadores e a greve continua por tempo indeterminado.
De ônibus, motos, bicicletas e até mesmo a pé, os operários foram dos canteiros de obra espalhados em Belém, Ananindeua e Marituba até à sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e de lá até o sindicato patronal. Segundo Ailson Cunha, da direção do sindicato dos trabalhadores e militante do PSTU, “o primeiro dia de greve foi uma vitória, mesmo com a tentativa das empresas de desmoralizar a categoria”. Segundo ele, empresas como a Leal Moreira, Porte e Quanta Engenharia, dispensaram os trabalhadores, fazendo com que eles não comparecessem nos canteiros de obra. “Essa foi uma tentativa clara de esvaziar e desmoralizar nossa greve. Mas, ainda assim, a categoria respondeu ao chamado do seu sindicato e compareceu em peso”.
Mesmo com forte mobilização, os operários não foram recebidos pela patronal. Os empresários trancaram as portas do seu sindicato e não deixaram nem um representante no local. Em uma rápida assembleia, por volta das 13h, os operários votaram continuação da greve por tempo indeterminado. Logo depois, uma reunião foi realizada e os diretores do sindicato junto a 60 trabalhadores prepararam as ações e os piquetes de amanhã.
Para o vereador Cleber Rabelo (PSTU), as demandas dos trabalhadores são plenamente possíveis de serem atendidas, não fosse a arrogância e a intransigência dos empresários. O vereador também colocou seu mandato à disposição do fortalecimento da luta dos operários, não apenas do sentido de apoiar, mas de construir a greve lado a lado dos trabalhadores que constroem toda a cidade.
“Os lucros milionários dos empresários e as isenções fiscais do governo Dilma (PT) são mais do que suficientes para garantir à nossa categoria aumento digno, cesta básica e classificação para as mulheres. Mas os patrões são desumanos e se valem da fome dos nossos filhos e, muitas vezes, da nossa morte para continuar enriquecendo. Por isso, nossa luta é justa. E vamos até o fim: honrar nossas famílias e muitos camaradas que morreram por falta de segurança nos canteiros. Ou na lei, ou na marra... essa cesta básica vai vir!”, afirmou Rabelo.

Greve e indignação: patrão nega comida ao peão!
Cesta Básica JÁ!
Amanhã vai ser maior!

Carta dos trabalhadores da construção civil à população da Região Metropolitana de Belém

Nós, operários e operárias da construção civil de Belém, Ananindeua e Marituba estamos em greve em defesa dos nossos direitos. Os empresários lucram milhões através da exploração de nosso trabalho, vendendo um dos metros quadrados mais caros do Brasil, no valor médio de R$ 5 mil reais o m². Enquanto isso, nós ganhamos um pouco mais que 1 salário mínimo por mês. O salário do ajudante é de R$ 710,00 e o do pedreiro é de R$ 983,00.

Nossa pauta é justa. Além de reajuste salarial, nós queremos pelo menos uma cesta básica, pois esse salário não tá dando pra comer. Nossas demandas são plenamente possíveis de serem atendidas, pois os lucros milionários dos empresários e as bilionárias isenções fiscais concedidas pelo governo às empresas são mais do que suficientes para garantir o atendimento de nossa pauta. Na maioria das capitais do país, o salário dos operários está acima de R$ 1 mil reais e os trabalhadores tem direito à cesta básica. Isso é assim em alguns municípios do Estado do Pará também, como em Altamira, onde os operários conquistaram esse ano 13% de aumento salarial e uma cesta básica de R$ 230,00.

Infelizmente a postura dos empresários do setor tem sido de arrogância, intransigência e mesquinharia. O SINDUSCON, que é o sindicato patronal, apresentou apenas 9% de reajuste salarial e nada mais. Isso significa só R$63,90 de aumento no salário da maioria dos trabalhadores do setor que é formada de ajudantes. Além disso, os empresários estão adotando covardes práticas anti-sindicais, como o assédio moral e a tentativa de esvaziamento da greve através de lockout patronal em várias obras.

Nossa luta é por dignidade e valorização. Somos nós, operários e operárias, que construímos as casas e os prédios de nossa cidade. Muitos trabalhadores morrem para enriquecer meia-dúzia de empresários. As mulheres são mais exploradas ainda, pois não tem direito à classificação, além de serem constantemente assediadas moral e sexualmente. Os patrões descontam de nosso salário e nos demitem quando lutamos. Por isso, nós pedimos o apoio e a solidariedade de toda a população da Região Metropolitana de Belém à nossa luta através de uma contribuição financeira ou da doação de algum alimento para seguirmos nossa
luta até a vitória.

“Greve e indignação: o patrão nega comida para o peão. Só 9% não dá. Cesta básica já!”

Belém, 02/09/2013

Sindicatos de Trabalhadores da Construção Civil de Belém, Ananindeua e Marituba


Greve dos (as) trabalhadores em educação de Belém: Zenaldo falta com a verdade através de nota na imprensa para a população.



No último dia 31/08 através dos principais meios de comunicação da cidade, o prefeito Zenaldo Coutinho, em nota, tenta desmoralizar a greve dos trabalhadores em educação da rede municipal de ensino caracterizando o movimento como "desnecessário" e apresentando uma realidade da situação da educação em nosso município que no mínimo, podemos dizer, tenta  menosprezar a capacidade crítica da população e dos profissionais que estudam e trabalham nas escolas públicas.

Na tentativa de jogar a população contra a luta dos (as) trabalhadores o governo repassa informações deturpadas como é o caso do valor do salário do grupo do magistério (professores) afirmando que paga um valor superior ao piso salarial nacional. Afirma ainda que seu governo está melhorando a situação das escolas e que está aberto ao diálogo.


A nota do prefeito Zenaldo, não passa de uma falácia. A verdade está naquilo que os trabalhadores estão dizendo desde o primeiro semestre, inclusive nas várias audiências com o próprio prefeito e secretária de educação.

O governo está incluindo  gratificações e vantagens ao salário base para se chegar ao valor do piso ou até ultrapassá-lo o que é, inconstitucional como julgou o Supremo Tribunal Federal (STF). A verdade é que os professores estão com uma perda de 15,5% em seus vencimentos por conta dessa manobra feita pelo governo. 

Estivemos visitando algumas escolas e podemos constatar, ao contrário do que diz a nota, a piora do estado físico dos prédios aonde funcionam as escolas. Infiltrações, calor , banheiros quebrados, e escolas com reformas paradas a quase dois(2) anos e com funcionamento precário em igrejas, esta é a realidade que convivem hoje estudantes e profissionais.

O valor do vale alimentação congelado a quatro (4) anos dos profissionais contrasta com o valor pago aos vereadores e que Zenaldo se recusa a reverter.

O diálogo a que se refere a nota não passa de uma propaganda enganosa deste governo. O prefeito através de seus representantes nas escolas, a partir da decisão da greve, passou a intimidar servidores em geral e, principalmente, aqueles recém chegados ao quadro e que estão em estágio probatório através de mensagens e reuniões com pautas ameaçadoras. 

 Nosso mandato está a disposição da luta desses trabalhadores e vamos exigir do prefeito Zenaldo Coutinho respostas às reivindicações, assim como, vamos denunciar toda forma de intimidação dirigida aos trabalhadores em greve.