Desde
a última semana, mais de 20 mil operários estão de braços cruzados no maior
complexo petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj. A greve, segundo os
operários, é por melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 15%, já
que, em uma das obras mais caras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
do Governo Federal, os trabalhadores são obrigados a conviver diariamente com
falta de água para beber e tomar banho e comida estragada sendo servida nos
canteiros de obra.
As
paralisações nos canteiros tomaram as ruas, fecharam vias e passaram por cima
da direção do sindicato que insistia na desmobilização. Para se solidarizar com
a luta dos trabalhadores, o vereador Cleber Rabelo (PSTU) foi até a região. “Eu
sempre digo que estou vereador, mas sou operário da construção civil. A luta
operária, seja no Comperj ou em Belo Monte é uma só. E é aí que nosso mandato
vai estar!”, afirmou.
Desde
o início das paralisações, há muita radicalização e disposição de luta na
categoria contra a constante humilhação e exploração imposta aos trabalhadores
pelas empreiteiras (pagas com dinheiro público) e com o consentimento da
Petrobrás e do governo Dilma (PT). Além disso, é importante lembrar que essas
obras já ultrapassaram muito o valor previsto inicialmente. O Comperj que havia
sido projetado por U$ 6,5 bilhões já está em um valor de aproximadamente U$13,5
bilhões. “Enquanto gigantes, como a Camargo Correa, lucram com essas grandes
obras, os trabalhadores convivem com condições degradantes e assédio moral. Por
isso, continuaremos apoiando cada levante operário. Por saber da justeza da
luta”.
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