terça-feira, 6 de maio de 2014

Todo apoio à luta dos rodoviários da Região Metropolitana de Belém.


Os rodoviários do município de Ananindeua e Marituba decretaram estado de greve na assembleia realizada na tarde de ontem (05/05). Assim como os rodoviários de Belém, os trabalhadores aguardam respostas das empresas de transportes, que se negam a negociar.  Na pauta de reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 12%; redução da jornada de trabalho para seis horas diárias e auxílio-alimentação no valor de R$500 por mês. Caso as negociações não avancem, os trabalhadores farão um dia de paralisação nesta quinta-feira (08/05) e há forte possibilidade de greve. 
O caos no transporte coletivo é conhecido, tanto pelos usuários como pelos trabalhadores rodoviários. Se de um lado, os usuários padecem com a demora, o aperto e as passagens caras, os rodoviários precisam lidar com altas jornadas de trabalho, salários baixos e assédio moral, além do trânsito caótico, que é comum às duas partes. Soma-se à isso, o aumento da exploração imposta aos motoristas. Já é comum na Região Metropolitana de Belém, ônibus circularem sem cobradores, recaindo sob os motoristas, o acúmulo de função. 
Tanto a Federação das Empresas de Transporte da Região Norte (Fetranorte), quanto o Sindicato das Empresas de Transportes de Belém (Setransbel) alegam não poder negociar com a categoria devido ao fato de o sistema de transporte da RMB não sofrer reajuste da tarifa há dois anos. Com isso, planejam empurrar a responsabilidade de qualquer aumento nas costas dos rodoviários.
A manutenção da tarifa foi uma conquista dos jovens e dos trabalhadores que, em junho do ano passado, saíram às ruas de Belém para dizer que não pagariam nenhum centavo a mais pelo péssimo serviço oferecido. Os altos lucros dos empresários do transporte não garantem transporte de qualidade, nem condições dignas de trabalho. Os aumentos são injustificáveis.  
Por isso, o PSTU defende:
Todo o apoio à luta dos rodoviários da RMB por reajuste salarial e melhores condições de trabalho!
Aumento no tíquete-alimentação e redução da jornada de trabalho!
Por mais investimentos em transporte público!
Passe-livre para estudantes e desempregados já rumo à tarifa zero!
Estatização do sistema de transporte sob controle dos trabalhadores e usuários!

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