Foto: Arquivo / ASCOM PSTU |
Vereadores da base aliada do
prefeito tiveram muito trabalho para reparar a confusão que fizeram na segunda-feira,
durante a votação da matéria que concederia a honraria “Brasão D’armas de Belém”
ao prefeito, Zenaldo Coutinho (PSDB).
Após o projeto ser rejeitado no
plenário da Câmara, na manhã de segunda (19), a sessão foi suspensa sob
alegação de falta de quórum para prosseguimento. Passando por cima do regimento
interno da casa, a matéria foi novamente posta em votação no dia seguinte (terça-feira,20),
para que fosse garantida a honraria ao prefeito. “Infelizmente, essas manobras
acontecem desde o início da legislatura. Mas não podemos aceitar que essas
práticas continuem acontecendo, pois é uma falta de respeito com os vereadores
e com a população”, afirma o vereador Cleber Rabelo (PSTU).
Entenda o caso:
A medalha condecorativa Brasão D’Armas
de Belém foi instituída pela Câmara Municipal de Belém pela resolução nº 12 de
12 de maio de 1971. A comenda é atribuída à civis e militares que tenham
prestado comprovadamente relevantes serviços ao município de Belém. A medalha e
o diploma, honraria máxima da casa, são concedidos mediante aprovação de pelo
menos 2/3 dos membros da Câmara, ou seja precisaria de 24 votos favoráveis.
Na votação de segunda-feira, 25
vereadores participaram da votação. Contudo ao perceber que haviam apenas 23
votos favoráveis e 2 votos contrários, o presidente da sessão, vereador Pio
Netto (PTB), se recusou a proclamar o resultado e encerrou a sessão de forma arbitrária
alegando falta de quórum para execução da votação. Em meio à polêmica, os
vereadores Fernando Carneiro (PSOL) e Dr. Chiquinho (PSOL) protestaram contra o
encerramento da sessão, mas foram ignorados pela mesa diretora.
Na terça-feira (20), a matéria foi
novamente posta em votação e contou com a participação de 25 vereadores,
obtendo 24 votos favoráveis e 1 voto contrário, do vereador Cleber Rabelo
(PSTU).
Foto: ASCOM PSTU |
As ameaças
Com o processo de votação
conturbado, resultante da votação anterior, os ânimos se exaltaram no plenário
entre o vereador Cleber Rabelo e os demais vereadores da casa que estavam a
favor do prefeito.
Por ser o único vereador contrário
presente na votação, Cleber argumentou incessantemente contra a manobra que
estava sendo executada pela mesa e chegou por diversas vezes a ser ameaçado
pelos demais vereadores de ser denunciado ao comitê de ética da casa, para que
seu mandato seja cassado.
“Eu não vou me calar. Estou aqui por
que eu fui eleito e não estou abaixo de ninguém. Podem me ameaçar, colocar meu
nome no comitê de ética, mas ninguém vai me impedir de defender meus posicionamentos
e eu não vou aceitar que desrespeitem o regimento para favorecer os amigos do prefeito.
” – resistiu Cleber Rabelo.
Resultado da votação de Segunda-Feira |
Resultado da votação de Terça-Feira |
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