Os operários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) estão travando uma enorme batalha pela garantia de seus direitos. Indignados com os salários atrasados desde novembro do ano passado e com a demissão em massa que vem ocorrendo em uma das obras mais caras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, os trabalhadores dão as respostas de como vão enfrentar os ataques nas ruas. Ontem mesmo (10), organizaram um protesto que parou a ponte Rio-Niterói e seguiu até a sede da Petrobras, para a qual trabalham como terceirizados.
Quase 3 mil trabalhadores estão sem receber e mais de 450 foram demitidos. As demissões e os atrasos começaram após a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, bloquear o dinheiro das empreiteiras envolvidas nos escândalos de corrupção da Petrobras.
Mas isso não é justificativa para o calote nos funcionários. É um absurdo que após todo o roubo nos cofres públicos, os empreiteiros ainda queiram que os trabalhadores paguem pelos crimes que eles cometeram!
A luta dos operários do Comperj é, na verdade, a luta por vida digna. Sabemos da constante humilhação e exploração imposta aos trabalhadores pelas empreiteiras (e com o consentimento da Petrobras!).
Nesse momento, em que avançam as intenções do governo Dilma (PT) em atacar os direitos trabalhistas e previdenciários, é preciso deixar claro que não aceitaremos nenhum direito a menos. É por isso que devemos cobrir de solidariedade essa luta, que é justíssima!
- Pagamento imediato dos salários atrasados!
- Estatização das empreiteiras que não cumprem os direitos trabalhistas!
- A PETROBRAS deve garantir o pagamento dos operários que estão sem salário!
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