quarta-feira, 25 de março de 2015

TODO APOIO À LUTA DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ!


Na “pátria educadora”, a educação é o setor social que mais sofre com o corte de verbas e a desvalorização do trabalho docente e dos funcionários em todos os níveis (União, Estados e Municípios). Dilma cortou R$ 7 bilhões da educação, contingenciou 33% do orçamento das universidades federais, o que tem levado ao atraso no início das aulas, demissões e atraso nos pagamentos dos trabalhadores terceirizados. Jatene não cumpre a lei do piso e o acordo de greve com os trabalhadores em educação do Estado e as escolas da rede estadual e municipal estão padecendo com o sucateamento nas condições de trabalho. Isso sem contar o descumprimento da lei que institui eleições diretas para diretor de escola, o atraso na unificação do PCCR e os problemas com lotação e jornada. Um sintoma grave de que a educação vai muito mal em nosso estado é o aumento absurdo da violência dentro e fora das escolas.
Dinheiro tem e muito em nosso país para investir em educação. Só que 47% do Orçamento da União são destinados aos banqueiros através do pagamento dos juros e amortizações da ilegal e imoral dívida pública. O Estado do Pará também é riquíssimo, mas o lucro da exploração de nossas riquezas naturais beneficia somente as grandes multinacionais mineradoras e o agronegócio. O problema é político. A prioridade de Zenaldo, Jatene e Dilma é com os grandes empresários, latifundiários e banqueiros que financiam as campanhas eleitorais do PT, do PSDB e partidos aliados, além de repartirem entre si os contratos e licitações de obras públicas com as empreiteiras que pagam propinas aos políticos destes partidos. Essa é uma das raízes da corrupção.
Temos que seguir o exemplo dos Professores do Paraná e de São Paulo que apontam o caminho correto para derrotar o ajuste fiscal que retira direitos e sucateia ainda mais a educação pública. Só com a luta unificada de toda a classe trabalhadora será possível garantir a valorização dos trabalhadores em educação e qualidade no ensino. Nosso mandato de vereador está à disposição de todos os trabalhadores em educação do Estado do Pará, da educação básica e da UEPA, para fortalecer a luta pelas reivindicações imediatas e históricas dos educadores paraenses. Precisamos construir uma greve geral para derrotar o ajuste fiscal do governo e lutar por uma política econômica que sirva aos interesses da classe trabalhadora.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Vereador Cleber Rabelo homenageia familiar de vítima da chacina

 A Câmara Municipal de Belém realizou na manhã desta quinta-feira, 05 de março, uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, as bancada partidárias homenagearam mulheres que se “destacaram em diversas áreas de atividades no município”. Que receberam a plaqueta comemorativa “Dulce Accioli”.

Para receber a homenagem, o vereador Cleber Rabelo (PSTU), indicou a sra. Maria Auxiliadora Galúcio Neves, 58, moradora do bairro da Terra Firme, avó do jovem Eduardo Chaves, uma das vítimas da chacina que chocou Belém em novembro do ano passado.

De acordo com o vereador, a escolha de Maria Auxiliadora é simbólica e de fundamental importância. “Aos olhos de muitos, de dona Maria é igual a de muitas outras. E, de fato, é. Isso é a que faz especial”, diz.

Para o parlamentar, Maria Auxiliadora representa milhares de mulheres do país que criam, com muito sacrifício, seus filhos/netos que são, muitas vezes, assassinados por grupos de extermínio e pela polícia nos grandes centros urbanos. “São essas mulheres que vivem na incerteza se seus filhos irão voltar para suas casas, e também são elas que são obrigadas a conviver com a violência da polícia e com os toques de recolher impostos nas favelas e bairros periféricos”.

Com a entrega da plaqueta “Dulce Accioli” à Maria Auxiliadora, o vereador também retomou as discussões sobre a chacina, a impunidade e, principalmente, sobre a violência urbana em nosso município.
“A periferia de Belém foi manchada com o sangue de jovens inocentes, numa chacina envolvendo milicianos. Até agora, ninguém foi responsabilizado. Existe uma política de criminalização da pobreza que vem dizimando nossos jovens. E não podemos fechar os olhos para isso”.
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A Sra. Maria Auxiliadora Galúcio Neves, de 58 anos, é moradora do bairro da Terra Firme há aproximadamente 17 anos. Missionária e Coordenadora do Círculo de Oração da Igreja Assembleia de Deus, na Congregação Brasília I, área 3, no mesmo bairro. Mãe de um casal de filhos, criou também, seu neto Eduardo Chaves. Eduardo de 16 anos era evangélico como sua vó e foi uma das onze (11) vítimas oficiais da Chacina que aconteceu em Belém no dia 04 de novembro de 2014. Estudante do 1º ano, já tinha concluído vários cursos técnicos como serigrafia e manutenção de computadores e celulares e tinha planos de entrar no exército. Sua vó, na verdade, “mãe”, lembra saudosa que seu filho completaria 17 anos no dia 9 de fevereiro passado.