quarta-feira, 6 de maio de 2015

TODO APOIO À GREVE DOS RODOVIÁRIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM

Os rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba entraram em greve nesta quarta-feira (06). Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 13%; aumento no valor do ticket-alimentação de R$425 para R$ 500 e o pagamento de adicionais por periculosidade e insalubridade.  A categoria realizou assembleia durante a noite de ontem e rejeitou a proposta da patronal, de 8% nos salários. 
Mal a greve iniciou e uma liminar foi concedida, pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), obrigando a circulação de 80% da frota de ônibus em todos os horários de funcionamento. Esse é um claro desrespeito ao direito de greve dos trabalhadores e mostra de qual lado a “justiça” está. Enquanto isso, os jornais locais abusam do sensacionalismo para jogar a população contra a luta dos rodoviários. 
As cenas das paradas de ônibus lotadas com trabalhadores tentando chegar em seus trabalhos ou casas é revoltante. Mas acontecem todos os dias na grande Belém, com ou sem greve. E os trabalhadores sabem disso porque são humilhados todos os dias com caos do transporte público da cidade.
Foto: dia normal; sem greve 
De um lado, os usuários padecem com a demora, o aperto e as passagens caras; os rodoviários precisam lidar com altas jornadas de trabalho, salários baixos e assédio moral, tudo isso com um trânsito caótico que é comum às duas partes. Do outro lado, estão governos e os empresários, os verdadeiros responsáveis por este caos, que não garantem transporte de qualidade, nem condições dignas de trabalho. 
Por isso, é preciso apoiar a luta dos rodoviários. Mais do que isso, é preciso lutar por um transporte público de qualidade, que passa também pelo fim da dupla função motorista-cobrador, pelo investimento de 2% do PIB no setor, garanti de passe-livre para estudantes e desempregados e o fim da privatização para encarar o transporte como direito e não mercadoria. 

Zenaldo, tire as mãos do nosso vale-digital !  

A Prefeitura de Belém enviou um projeto de lei à Câmara Municipal com o objetivo de alterar o capítulo referente aos “transportes”, da Lei Orgânica do Município (LOMB). Entre as principais modificações, está a criação de um Fundo Municipal de Transportes, cuja receita será proveniente de impostos pagos pelos empresários, mas também dos recursos do vale-transporte não utilizados pelos usuários em até 1 ano em seus vales-digitais! 
O vereador Cleber Rabelo é contra isso e apresenta uma emenda defendendo que o valor não utilizado no vale-digital (no período de um ano) seja devolvido, em dinheiro, ao trabalhador em até três dias após o protocolo de solicitação. 
“Não importa o valor da quantia, o dinheiro do vale transporte é do trabalhador. Afinal de contas, todo mês é descontado em seu contracheque o valor referente às passagens”, afirma. 
Ainda segundo Rabelo, a prefeitura de Belém não pode colocar a responsabilidade da salvação do transporte no bolso dos trabalhadores, já que eles “ainda são humilhados todos os dias com um transporte público caro, de péssima qualidade”. Rabelo ainda lembra da construção do BRT, que há três anos consome milhões de reais em dinheiro público sem melhorar o trânsito na Região Metropolitana de Belém. 

(assessoria) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário