segunda-feira, 1 de junho de 2015

ACIDENTE EM BELO MONTE

No último final de semana, um acidente no canteiro de obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte acabou com a morte de três operários. Denivaldo Soares Aguiar, José da Conceição Ferreira da Silva e Pedro Henrique dos Santos Silva foram encontrados nos escombros do silo de concreto que rompeu na madrugada de sábado (30). Além dos ajudantes de produção, mais três operários foram atingidos no desabamento, ficando com ferimentos. 
Nos recusamos a aceitar estas mortes e mais esse acidente como uma fatalidade. O CCBM afirma que se solidariza e que presta apoio às famílias das vítimas, mas na verdade, é este consórcio o responsável por esta dor.
Não é a toa que o Pará lidera o ranking de acidentes de trabalho na Região Norte. Dos mais de 31 mil casos registrados na região em 2014, mais de 12 mil foram no Pará. Na construção civil, não é diferente. O descaso das empresas construtoras faz com que este seja um dos trabalhos mais precários e perigosos do mundo.
Nós, operários, que convivemos com esta realidade no dia-a-dia, sentimos na pele cada morte fruto da falta de segurança. Cada trabalhador (a) que tomba, leva um pouco de cada um de nós. 
Belo Monte já provou a crueldade que significa para os povos tradicionais (indígenas e ribeirinhos), para o meio ambiente e também para os operários. O Consórcio Construtor Belo Monte é responsável por mais estas perdas e o governo Dilma (PT) é cúmplice de mais esta tragédia.
Nos solidarizamos com os familiares das vítimas e exigimos do CCBM que a obra seja paralisada para a realização de um relatório de avaliação de riscos, além disso, cobramos do Governo Federal a fiscalização na obra para que acidentes desse tipo não se repitam! 

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