segunda-feira, 22 de junho de 2015

CORRUPÇÃO SE ALASTRA PELOS MUNICÍPIOS DO PARÁ

Os escândalos de corrupção que vemos  praticamente todos os dias nos noticiários nacionais deixam os trabalhadores de boca aberta. É incrível como empresários e políticos conseguem inventar novas formas para roubar os cofres públicos e deixar nossas vidas cada vez mais difíceis. Os casos que se espalham não são isolados. Afinal, sempre dissemos que corrupção e capitalismo andam de mãos dadas e que o esquema deste jogo sujo começa desde as campanhas eleitorais, quando empresas financiam os partidos políticos.
E os maus exemplos vêm desde o governo federal, tendo PT e PMDB como protagonistas. Os escândalos da operação lava-jato são só a ponta do iceberg e provam que todos os partidos que se dispõem a administrar o Estado capitalista por dentro das atuais regras do jogo acabam se enlameando no mar de corrupção que faz parte de nosso sistema político falido. Agora imaginem o que não acontece nos municípios do interior do Pará? 
O caso do vereador de Parauapebas, Odilon Rocha (SDD), chocou a todos que ouviram, perplexos, ele afirmar que “se não for corrupto, um vereador não consegue se sustentar com um salário de R$10 mil”.  A afirmação parecia mais uma justificativa. Tanto que semanas depois, Odilon foi preso suspeito de corrupção.  Ontem (21), o Programa Fantástico, revelou mais detalhes sobre um esquema que envolve a Câmara Municipal de Parauapebas. A investigação do Ministério Público descobriu um esquema de fraudes em contratos da Câmara Municipal com o empresário Edmar Cavalcante de Oliveira, dono do supermercado “Baratão”, que tinha contratos fraudulentos para fornecer o lanche dos vereadores. A reportagem afirma que em um mês, ele emitiu notas fiscais com 27 quilos de presunto, 27 de queijo e mais de uma tonelada de café! Isso porque a sessão só acontece uma vez por semana. Imaginem se fosse todos os dias?
Em Cametá, a crise também é grande e envolve o prefeito Iracy Freitas (PT), que chegou a ser afastado do cargo por oito dias por uma decisão judicial. Existem fortes indícios de irregularidades, com extrapolação na folha de pagamento, aluguéis para o funcionamento de órgão públicos atrasados, falta de repasses para hospitais, falta de pagamento para o serviço de coleta de lixo, entre tantas outras denúncias (que podem ser encontradas em um documento divulgado pelo atual vice-prefeito, Osvaldo Barros).
Em Belém, capital do estado, nem bem o caso do repasse de mais de R$12 milhões feito pela Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) a uma empresa fantasma (Sólida Ltda.) foi divulgado, outro esquema de superfaturamento é denunciado, agora envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). A reportagem de domingo (21) do Diário de Pará aponta que o orçamento na aérea de transportes da secretaria vem sendo superfaturado. E não é difícil perceber a irregularidade. Segundo informa a matéria, uma peça “junta homocinética” fornecida pela empresa Rapidola Pneus custaria R$8 mil. Sendo que no mercado, o preço médio estaria em R$240.
Enquanto os desvios seguem a todo vapor, é a população pobre que padece com a falta de investimentos em saúde, saneamento, segurança e educação. De nossa parte, seguimos denunciando e cobrando seriedade e rapidez nas investigações, mas mais do que isso, queremos a punição dos corruptos e corruptores. Chega de impunidade!  


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