segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A EDUCAÇÃO NO GOVERNO JATENE: CALOTE NOS PROFESSORES, MILHÕES PARA SETOR PRIVADO

Parece que corte de verbas, retirada de direitos e redução dos salários dos professores não é suficiente para o “jeitinho tucano de governar”. O objetivo é evidente: avançar no processo de privatização do ensino e, para isso, todas as justificativas são válidas. Dessa vez, o ataque está publicado no Diário Oficial do Estado, do dia 16 de setembro: o governo pretende contratar uma instituição privada de ensino para oferecer aulas de “recuperação de conteúdos” para estudantes da rede pública. A instituição beneficiada será o Centro de Ensino Fundamental e Médio Universo Ltda, que será agraciada com mais de R$ 3 MILHÕES para prestar tal serviço. 
O motivo parece nobre, mas basta um olhar mais atento para entender que tudo isso faz parte de um processo histórico de sucateamento do ensino público na tentativa de justificar a privatização, combinado com a intransigência de Jatene. Isso porque, ao fim da greve dos trabalhadores da educação deste ano (que durou mais de 70 dias!), o Governo não aceitou a proposta de reposição de aulas feita pelo Sintepp e pelo Ministério Público. A intransigência do governador do estado impediu o cumprimento do calendário escolar de 2015, prejudicando milhares de estudantes (principalmente os que cursam o Ensino Médio e estão às vésperas do vestibular). Além do mais, Jatene segue com sua política de ataque aos direitos dos trabalhadores, diminuindo a carga horária dos trabalhadores, reduzindo salários e ainda realizando “descontos de greve” no contracheque dos professores.
Esta é uma opção política do PSDB de Jatene, que prefere prejudicar milhares de estudantes e repassar dinheiro público para o setor privado do que pagar os professores e fortalecer o ensino público.
É preciso parar de tratar educação como mercadoria, porque isso tem gerado o cenário que temos hoje no estado e no país: com escolas precárias, caindo aos pedaços, falta de vagas e de professores. No Pará, quem comanda este desmonte é PSDB de Jatene. No Brasil, é Dilma (PT) quem protagoniza este papel. No fundo, são governos que não estão a serviço da educação pública.
É preciso encarar o ensino como direito. E isso não será alcançado com o repasse de verba pública para instituições privadas. Pelo contrário. Defender a educação pública, gratuita e de qualidade passa, necessariamente, pela luta pela estatização das instituições privadas de ensino; assim como o não pagamento da dívida pública, que repassa quase metade do orçamento do país para os banqueiros e por mais investimento público... só na educação pública! 

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