terça-feira, 25 de agosto de 2015

PARALISAÇÃO - POR MELHORES SALÁRIOS E EM DEFESA DO VALE DIGITAL

Os canteiros de obra de Belém, Ananindeua e Marituba amanheceram parados na segunda-feira (24). Os operários da construção civil fizeram uma paralisação para pressionar os empresários do setor a avançar nas negociações da campanha salarial de 2015.
Após passeata pelas ruas da capital paraense, os trabalhadores rejeitaram, em frente à Câmara de Vereadores, a proposta da patronal de reajuste salarial de 9,81% parcelado em três vezes e o aumento de menos de R$ 4 na cesta básica. Os trabalhadores também pressionaram os vereadores a votar contra o projeto do prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) que pretende, entre outras coisas, ficar com o dinheiro acumulado no vale-digital dos trabalhadores.

PROJETO AVANÇA NA PRIVATIZAÇÃO DOS TRANSPORTES

O projeto altera a Lei Orgânica do Município de Belém, mais especificamente a seção dos transportes e pretende avançar na privatização dos transportes o que, para o vereador Cleber Rabelo (PSTU) é um verdadeiro absurdo. “O que o Zenaldo quer fazer é um verdadeiro desmonte no sistema de transporte, tratar este serviço essencial para a população como mercadoria e não como direito”, disse.
Não bastasse isso, o prefeito também propõe a criação de um Fundo Municipal de Transportes, cuja receita será proveniente de impostos pagos pelos empresários, mas também dos recursos do vale-transporte não utilizados pelos usuários em até 365 dias em seus vales-digitais.
Para o vereador do PSTU, Cleber Rabelo, esta medida se configura como um grande ataque aos trabalhadores. Dessa forma, o vereador apresentou uma emenda ao projeto inicial da prefeitura, determinando que o valor não utilizado no vale-digital no período de um ano seja devolvido, em dinheiro, ao trabalhador em até três dias após o protocolo de solicitação. Ficando a emissão, o controle, a comercialização e a fiscalização do vale transporte sob a responsabilidade do Órgão Oficial do Município. “Não importa o valor da quantia, o dinheiro do vale transporte é do trabalhador. Afinal de contas, todo mês é descontado em seu contracheque o valor referente às passagens”, afirma.

VEREADORES NÃO QUEREM ÔNIBUS RODANDO DE MADRUGADA

O projeto é polêmico e segue em votação desde ontem. Além de todos os absurdos existentes, os vereadores ainda rejeitaram uma das emendas do vereador Cleber Rabelo que criava uma Empresa Municipal de Transporte Coletivo (EMTC) e também obrigava a manter frequência na circulação “com viagens de hora em hora entre meia noite e cinco horas da manhã.
“Esta era uma emenda que pretendia recuperar uma visão pública do transporte coletivo em oposição ao monopólio privado que existe, além de garantir transporte à população que sofre por não ter ônibus nas madrugadas”.
Os vereadores que votaram contra foram: Eduarda Louchard (PPS); Henrique Soares (PMDB); Igor Normando (PHS); John Wayne (PMDB); José Maria Dinely (PSC); Josias Higino (SDD); Luiz Pereira (PR); Mauro Freitas (PSDC); Meg (PROS); Nehemias Valentin (PSDB); Orlando Reis (PSD); Paulo Bengston (PTB); Profº Elias (PPS); Zeca Pirão (SDD).

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