domingo, 5 de junho de 2016

Construção civil: seminário discute pauta de reivindicações

Neste sábado (04), os operários da construção civil de Belém, Anandindeua e Marituba deram início à campanha salarial de 2016. A categoria realizou um seminário na Câmara dos Vereadores, onde discutiram e aprovaram a pauta de reivindicações deste ano. Entre elas, está o reajuste salarial de 17%, cesta básica no valor de R$ 150,00 e classificação e qualificação para as operárias.
Mesmo no contexto de crise econômica e com o aumento das demissões na categor...ia, os operários presentes se mostraram dispostos a ir à luta, como é o caso do pintor Hamilton dos Santos. Hamilton trabalha na construção civil há 40 anos. Nesse tempo, já participou de várias campanhas salariais e sabe que os patrões sempre impõem dificuldades na hora de negociação. “Ainda mais com essa crise... aí que vai ser mais difícil. Eles vão usar isso com arma”, disse. Ainda assim, diz estar preparado: “Eu sou de luta, assim como muitos companheiros, então é preciso de gente com muita potência e experiência para poder vencer o patrão”.


SOLIDARIEDADE: CONTRA A CULTURA DO ESTUPRO!

Além das pautas salariais, o seminário também pautou o tema de combate às opressões. A diretora de mulheres do sindicato, Daniele Shusterschitz, a Lora, leu uma moção do Movimento Mulheres em Luta, repudiando o estupro cometido por mais de 30 homens a uma adolescente no Rio de Janeiro. A moção foi votada por unanimidade, demonstrando a indignação da categoria. “Esse documento contra a cultura do estupro me tocou profundamente, porque enquanto a Lora lia, eu pensava na minha filha (...) E eu penso a que ponto a sociedade chegou, porque o documento tá dizendo que de hora em hora acontece um estupro. Por isso nós não podemos esquecer, nem fazer de conta que nada está acontecendo”, disse o operário, Reginaldo, recentemente demitido.

CONTRA OS PATRÕES E GOVERNOS: FORA TEMER, FORA TODOS!

Nesta campanha, os operários e operárias têm dois grandes desafios: derrotar os patrões e enfrentar todos os governos que atacam os direitos dos trabalhadores. “Pra nós sermos vitoriosos, nós temos que organizar uma greve geral nesse país para botar todos esses governantes pra fora. Ninguém quer que a Dilma volte, porque ela atacou nossos direitos. Mas a gente também não quer que o Temer fique porque quer implementar ainda mais coisa que a Dilma não conseguiu aplicar. Por isso, nós temos que construir um governo nosso... dos trabalhadores!”, disse o vereador operário e socialista, Cleber Rabelo (PSTU).

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